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Duas igrejas são bombardeadas no Sudão

As bombas são resultado do conflito entre dois grupos armados locais

Portas Abertas


Duas igrejas foram destruídas pelas bombas

Duas igrejas foram destruídas pelas bombas

Há cerca de seis meses, a igreja no Sudão se encontra em meio ao fogo cruzado do conflito entre dois grupos: as Forças Armadas Sudanesas, lideradas por Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Suporte Rápido, liderada pelo ex-deputado Mohamed Hamdan Dagalo. 

 Na primeira semana de novembro, bombas lançadas entre os grupos destruíram duas igrejas. O primeiro ataque aconteceu no dia 3 de novembro, por volta das 6h30 da manhã. O prédio atingido foi uma instituição onde mulheres cristãs viviam na capital do Sudão, Cartum. Desde o começo da guerra, essas cristãs têm trabalhado para socorrer tanto cristãos quanto não cristãos feridos no conflito.  

 O local também abrigava uma escola cristã. Contatos locais da Portas Abertas disseram que um grupo de crianças, duas cristãs e o diretor da escola foram feridos pela bomba. Ao todo, foram 23 feridos, sendo quatro adultos e 19 adolescentes e crianças. 

 Um dia depois, outro templo foi bombardeado. O espaço era divido entre duas comunidades cristãs em Omdurman. Além de danificar o santuário, o orfanato que ficava no complexo da igreja também foi atingido, o que causou a morte de seis crianças. Acredita-se que as duas igrejas foram atingidas porque estavam situadas entre territórios das duas facções.  

 Socorro emergencial 

 Um parceiro local em Cartum disse que não há como ter certeza se os bombardeios foram planejados. Apesar disso, as cristãs atingidas continuam trabalhando para prover abrigo e ajuda emergencial para as vítimas que não conseguem deixar a capital. “As líderes cristãs oferecem às pessoas um lugar seguro para ficar, água, comida e eletricidade para que carreguem os celulares. Elas também oferecem cuidados médicos”, conta o parceiro da Portas Abertas.   


Representantes dos dois grupos em conflito concordaram em se encontrar em Jeddah,
Arábia Saudita, para negociar um acordo de paz, mas não foi suficiente para cessar o embate. Mais de nove mil pessoas foram mortas e 5,6 milhões se tornaram deslocados internos desde abril por causa do conflito.  

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