FLECHAS
“Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da sua mocidade.” (Salmo 127.3)
Já se foi o tempo em que as guerras eram no corpo-a-corpo. Espada, arco e flecha, lança, escudo, catapulta e até funda eram as armas tradicionais de um passado distante; carros, apenas os tracionados por animais; artefatos de fogo tinham sua utilidade, mas nada que se compare às armas de fogo, explosivos, bombas convencionais ou nucleares da modernidade. De ordinário, uma guerra era vencida na habilidade dos estrategistas e na capacidade dos guerreiros.
O trecho da Bíblia acima compara os filhos às flechas na mão de um combatente, não para dizer que os filhos são alguma espécie de arma letal, mas para realçar o quanto eles precisam ser trabalhados por seus pais para atingirem o alvo preestabelecido. Um guerreiro necessitava de muito treinamento e preparo para ir à batalha. Aqueles que manejavam a flecha precisavam prepará-la cuidadosamente para que pudesse vencer a resistência do ar sem desviar a trajetória. Isso nos faz pensar que os pais, como guerreiros, precisam também introjetar nos filhos um caráter irrepreensível, para que nunca se desviem do caminho do Senhor, porém cumpram seus eternos propósitos. Essa meta é alcançável mediante a instrução na Palavra.
O guerreiro também tinha a necessidade de fazer a mira certa, o que requeria treinamento e habilidade. Então, em seu ministério junto aos filhos, o pai tem sempre que estar ao lado do Senhor dos Exércitos, recebendo instrução e conhecimento para as situações mais delicadas da vida. A intimidade com o Criador faz o pai crescer e amadurecer o suficiente para repassar aos filhos a instrução necessária. E a habilidade é menos que uma conquista, pois decorre simplesmente da capacitação que é dada pelo Espírito Santo. Pais capacitados pelo Espírito são eficientes no cuidado e direcionamento dos filhos à rota do progresso espiritual e da vitória.
Por último, a flecha quando é aprumada e entesada no arco precisa de impulso e força suficiente para chegar ao seu destino. Amor, estímulo, elogio, companheirismo e presença são modos de impulsionar a jornada espiritual dos filhos.