Texto do Pr. Moreira Silva, publicado na PG (Jornal Pequeno) 16/07/23
Quem somos?
A ciência e a filosofia com seus critérios restritos, reducionistas e inevitavelmente alienantes, tentam decifrar o enigma da humanidade baseado a partir da ambiência, sem levar em consideração a transcendência. O ser humano continuará sendo um ponto de interrogação, porque sem Deus a humanidade é um mistério, por outro lado, sem a humanidade Deus não pode ser conhecido. O autor do livro dos Salmos ficou maravilhado e reflexivo ao perceber que dentre todas as suas criaturas, Deus escolheu justamente o homem para um relacionamento de parceria. A analogia teológica feita entre a pessoa humana e divina é que a antropologia teológica faz algum sentido ao nos definir como pessoa em relação a Deus, como está escrito no livro de Gênesis: “Então disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Estas palavras nos mostram um Deus que se identifica irrevogavelmente com a humanidade, ao nos criar a sua imagem e semelhança nos atrelou ao Seu nome. Quando rompemos com Ele e o tiramos da nossa agenda tornamo-nos pródigos por definição, mas Ele não desistiu de nós. Esta é a razão da encarnação de Jesus Cristo, a expressão imensurável do amor pela humanidade, como bem expressou apóstolo Paulo: “pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.” O ápice dessa reconciliação se deu no evento da Última Ceia, simbolizando o seu sacrifício e a reconciliação com o homem. Esse foi o maior milagre que o universo já presenciou, a reconciliação do Eterno com a humanidade, quando Ele bradou no calvário “Está Consumado!” selando, assim, a concretização do seu comprometimento com a humanidade. Foi à partir desta revelação que eu me tornei e continuarei sendo Cristão.
A Ele toda glória.
Pr. Moreira.
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