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Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 09/07/23

INVEJA, SABEDORIA DEMONÍACA
“Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.” (Gênesis 4. 8)
A trágica história de Abel e Caim é uma das mais conhecidas das Escrituras. Há alguns motivos que determinaram o primeiro homicídio na terra, um fratricídio (assassinato de um irmão por outro), como a maldade, a infidelidade e a ingratidão de Caim. No entanto, a inveja amargurada de Caim parece ter sido a razão mais determinante do hediondo crime contra seu irmão, porquanto o fato de Abel haver apresentado uma oferta que agradou o coração do Criador despertou em Caim, cuja oferta não foi aceita por Deus, a ira incontida e o desejo de assassinar a Abel.
A inveja é um sentimento terrível e maligno, que adoece e consome seu portador, podendo levar até à morte de outra pessoa, do modo como Caim matou o próprio irmão. As Escrituras condenam por completo esse procedimento: “Se, pelo contrário, vocês têm em seu coração inveja amargurada e sentimento de rivalidade, não se gloriem disso, nem mintam contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; pelo contrário, é terrena, animal e demoníaca.” (Tiago 3.14-15)
Portanto, a inveja é uma forma de comportamento que não retrata a sabedoria espiritual, mas a sabedoria terrena, animal e demoníaca. Por isso, toda a forma de inveja precisa ser tratada, para bem do invejoso e das pessoas à sua volta, principalmente dos familiares, porque, não raro, é no ambiente do lar que ela lança raízes mais fortes (a história de José e seus irmãos, filhos de Jacó, contada na Bíblia, é um outro exemplo disso).
Não obstante, havia escape para Caim, pois o Altíssimo o alertou: “Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4.6-7). Caim simplesmente não quis dominar o mau desejo, e o resultado foi a morte de Abel. Cabe, então, a todos nós dominar qualquer vestígio de inveja – aliás, de todo desejo pecaminoso.

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