Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 07/05/23
ELOGIOS
“Seus filhos se levantam e a chamam de bem-aventurada; seu marido a louva, dizendo: ‘Muitas mulheres são virtuosas no que fazem, mas você supera todas elas.’” (Provérbios 31.28.29)
O livro de Provérbios é encerrado com um poema sobre “a mulher virtuosa” (Provérbios 31.10-31). A passagem das Escrituras acima é uma parte dessa linda canção, em que os filhos e o marido dela não lhe poupam elogios. É chamada de bem-aventurada, a que sobrepuja a todas as mulheres virtuosas, porque muitas e incomparáveis são suas qualidades. Mas, afinal, essa mulher é elogiada porque é virtuosa ou é virtuosa porque é elogiada?
Creio que a resposta a essa indagação deva ser encontrada noutra passagem do poema: “a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Provérbios 31.30). A mulher que teme ao Senhor, ou seja, que ama e obedece a Deus e faz a sua vontade, essa anda em caminhos retos e procede virtuosamente, merecendo, por isso, ser louvada! O seu mérito consiste em praticar as virtudes recomendadas pela Palavra do Altíssimo, na força do Espírito Santo outorgado aos que lhe obedecem (Atos 5.32).
Não obstante, os elogios são fundamentais nas relações familiares. Os cônjuges precisam elogiar-se mutuamente, e ambos aos filhos, como estímulo ao desenvolvimento e à maturidade emocional e espiritual. Pessoas que somente recebem críticas negativas adoecem na alma, desenvolvem traumas, guardam amargura e más lembranças, têm baixa autoestima e sérias dificuldades para se relacionarem saudavelmente com outras pessoas e para estabelecer projetos de vida duradouros.
Mesmo sendo Deus, Jesus recebeu, também como homem, elogios públicos do Pai. Após ser batizado, o Cristo ouviu uma voz vinda do alto: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.17). Esse mesmo elogio foi feito pelo Pai, quando Jesus foi transfigurado no monte (Mateus 17.5). Era o selo da aprovação do Santíssimo pela obediência de seu Filho unigênito, que cumpriu fielmente o plano da salvação, entregando-se para morrer em lugar dos pecadores.
Todos precisamos de estímulo! Uma regra áurea nos relacionamentos familiares: critique e corrija em amor e mansidão, no privado; elogie em público, com sinceridade e sem limites.
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