Texto do Pr. Lusival Gaspar – PG do dia 30/04/23
DESPREZADO
“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. (1 Samuel 16.6)
O profeta Samuel foi enviado à casa de Jessé para ungir um dos oito filhos deste como rei de Israel. Lá chegando, imaginou que Eliabe, o primogênito, fosse o escolhido para o cargo. “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” (1Samuel 6.7)
Davi, o mais jovem dos irmãos, contra todas as expectativas humanas, seria ungido rei naquela ocasião. Tornar-se-ia depois o rei mais célebre de Israel. Contudo, as Escrituras registram que Davi, num primeiro momento, sequer foi considerado por Samuel, até que o profeta passasse a ouvir a voz do Espírito de Deus, não a do próprio coração.
Mais grave do que isso era o fato de que a família de Davi o desprezava. Enquanto os sete primeiros filhos de Jessé esperavam pelo momento da refeição em torno do profeta Samuel, Davi estava no campo apascentando as ovelhas. Foi necessário Samuel determinar seu chamado para que todos pudessem assentar-se à mesa. E seus irmãos não o tinham em alta conta. Certa feita, quando integrava as tropas israelitas em combate, Eliabe, visitado por Davi, o hostilizou: “Por que você veio para cá? E com quem você deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e mau. Você veio aqui só para ver a batalha.” (1 Samuel 17.28)
No entanto, “Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus” (1Coríntios 1.28-29). Daí extraímos uma lição preciosa: quando somos tentados a pensar que o mundo nos rejeita e até a família de algum modo nos pretere, tenhamos a certeza de que Deus não desampara seus filhos nem faz acepção entre eles. E, se o desprezo na família é real, será, a exemplo de Davi, utilizado para os eternos propósitos do Altíssimo, para o nosso crescimento espiritual, para desenvolvimento da humildade e da capacidade de perdoar, inclusive.
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