FILHO DO CORAÇÃO
“O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, estava comprometida para casar com José. Mas, antes de se unirem, ela se achou grávida pelo Espírito Santo.” (Mateus 1.18)
Jesus Cristo tem uma natureza singular: sendo Deus desde a eternidade, se fez carne e habitou entre os homens (João 1.1,14), ou seja, ele é o Deus que se fez homem, para que pudesse morrer como homem, no lugar do homem, sendo Deus, sem pecado, para salvar o homem da escravidão do pecado. Era filho de Maria, uma mulher justa, e do Deus Pai, por obra sobrenatural do Espírito Santo.
Então, José, que viera a se casar com Maria, estando ela grávida do Espírito Santo, nunca foi o pai biológico de Jesus. Maria, sim, era sua mãe biológica. Desse modo, o Messias era filho por adoção de José. Esse fenômeno tem muito significado para o Pai Eterno e para todas as famílias da terra, bem como teve grande importância na vida de Jesus e de José, que sempre o tratou como verdadeiro filho.
Esse tratamento paternal pôde ser observado, por exemplo, quando José e Maria encontraram Jesus, com doze anos de idade, entre os doutores, no templo: “Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura” (Lucas 2.48). O povo também o via como filho de José e membro de uma família tradicional: “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs?” (Mateus 13.55-56).
Assim, a adoção é uma forma de expandir a família que tem reconhecimento e estímulo nas Escrituras. Os filhos adotados, carinhosamente chamados de filhos do coração, são tão amados dos pais terrenos quanto do Pai celeste. Aliás, nenhum amor neste mundo se compara ao amor do Senhor.
Outrossim, Jesus revelou amor sacrificial e incondicional pela humanidade, mas, antes, recebeu profundo e indispensável amor, como Filho unigênito do Pai e filho do coração de José.