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Texto do Pr. Lusival Gaspar, publicado na PG do dia 26/03/23

Foto: Reprodução

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
“Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás a fazê-lo de novo.” (Provérbios 19.19)
A violência doméstica é um dos mais alarmantes problemas da família brasileira. Por conta dela, foi editada há alguns anos a Lei Maria da Penha, em defesa da vida, da integridade física e da dignidade das mulheres em suas relações familiares. E a questão é tão grave que as varas judiciais que cuidam da matéria estão abarrotadas de processos e casos para serem resolvidos.
Ameaças de morte às mulheres são constantes e, não raro, consumadas. Então, melhor levar a sério esse assunto, porque as sequelas da violência doméstica afetam não apenas a mulher, mas toda a família, incluindo os filhos, em grande proporção, e a sociedade, que se abala emocionalmente com as notícias rumorosas sobre o tema, e que sobretudo paga, em forma de impostos, pelo tratamento médico, nas hipóteses de saúde pública, e por eventuais pensionamentos previdenciários.
Se a lei dos homens só mais recentemente endureceu o tratamento da violência doméstica, a Lei de Deus permanece inflexível quanto às agressões praticadas pelo varão, porquanto nos adverte: “Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás a fazê-lo de novo”. Ora, é um grande risco permanecer sob o mesmo teto com o “homem de grande ira”, dado à violência, tão proporcionadora de danos físicos, emocionais e espirituais.
Violência que não é reprimida e condenada é violência que se repete: “se tu o livrares, virás a fazê-lo de novo”. Não se deve desconsiderar que a “grande ira” pode se transformar no gatilho da morte, o móvel do feminicídio. Desse modo, devemos destacar que, embora preveja o perdão para os pecados do homem, a Bíblia não chancela a violência doméstica, antes a condena.
Se, entre outros danos, há risco de vida à mulher, por insubmissão do agressor ao tratamento espiritual e até psiquiátrico, o caso extremo será o do divórcio, porque, antes que a morte separe o ofensor da vítima, melhor preservar a vida da mulher, tão preciosa aos olhos do Criador. É ele somente quem dá e quem tira a vida.

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