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Texto do Pr. Hugo Zica, publicado na PG do dia 08/01/23

Vá Pescar!

No primeiro encontro (Mateus 4:18-22), foi necessário deixar as redes e os barcos. Pedro, Tiago, João e André foram chamados a seguir o Senhor; não era possível viver para pescar e viver para segui-Lo ao mesmo tempo. Fizeram uma escolha: deixaram as redes, deixaram os barcos, foram após Ele.

Posteriormente (Mateus 17:24-27), Pedro recebeu do Senhor ordem, aparentemente, oposta: “Vá pescar!” – Na boca do peixe estaria um dinheiro suficiente para pagar determinado imposto que se cobrava tanto de Pedro quanto do próprio Jesus.

Alguns anos depois (João 21:1-11), enquanto aguardavam uma manifestação do Senhor, já ressuscitado, Pedro disse aos seus amigos: “Vou pescar”, e eles disseram: “Também nós vamos” (João 21:3). Muitos ao longo dos séculos têm enxergado aqui um sinal de vacilo, uma tentativa de retorno para a vida que viviam antes do primeiro encontro com o Senhor.

Nessa ocasião, Jesus fez mais uma vez, o milagre que marcou aquele primeiro encontro (confira João 21:3-8 com Lucas 5:1-11); e ainda mais: “Logo que desceram para a terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão.” (João 21:9) – Enquanto eles lutavam para pescar, “naquela noite nada apanharam”, mas Deus já vinha provendo pão e peixe sobre a brasa.

Há lições nestes episódios que relacionam Cristo, os discípulos e a pescaria. Para eles, a pesca era um trabalho, não um lazer. Naquele tempo, em que Cristo havia aberto mão de Sua divina onipresença, para segui-Lo e servi-Lo era necessário largar as redes e os peixes. Hoje, uma vez que, na Pessoa do Espírito Santo, Ele está em todos os lugares, nós podemos servi-Lo onde estivemos – mas isso não anula a lição: discipulado requer renúncia, num grau que sintamos no coração, abrindo mão de qualquer coisa, virando as costas para o mundo, a fim de servir o Senhor.

Há a lição de que nossas capacidades de trabalho podem ser úteis aos propósitos de Deus. Foi pela pesca de Pedro que se proveu o dinheiro necessário para pagar o imposto, tanto de Pedro, como de Jesus. Não vemos o retrato? Este texto está sendo lido por empregados, empresários, funcionários públicos, profissionais liberais, que com suas capacidades têm recebido de Deus o necessário para o sustento, não só de si mesmos, mas também da Causa do Senhor.

Há, também, a lição de que não podemos nos esquecer. Talvez nossos esforços sejam grandes, mas mesmo assim terminem numa noite “perdida”, “sem nada apanhar”. Jesus não falhará em prover para nós. Ele pode fazer uma noite “sem nada apanhar” terminar num amanhecer de barcos quase virando de peixes; Ele pode prover o peixe já assado, sobre a brasa, ministrando afetuosamente a nossas necessidades.

Mas não posso esquecer de uma outra lição: “Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens.” Vá pescar, irmão. Vá pescar mais alguns para trazê-los a Jesus. Faça-se instrumento de Deus na salvação de mais algumas vidas.

Pr. Hugo S. Zica

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