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Texto do Pr. Jeferson Lustosa, publicado na PG do dia 11/12/22

*Proclamadores do Caminho*

Quando você era criança possivelmente alguém lhe perguntou: “O que você vai ser quando crescer?” Você se lembra de sua resposta? Quando eu tinha quatro anos eu falava que seria coletor de lixo, pois além de eu enxergar os trabalhadores desta nobre função como aventureiros da rua, meu primeiro carrinho de brinquedo foi um caminhãozinho de coleta de lixo. Alguns anos depois, antes de completar dez anos de idade, meu desejo era ser um engenheiro eletrônico – gostava de mexer em tudo dentro de casa e logo meus pais compraram um telefone e me aventurei puxar um extensão para meu quarto. Já aos doze anos eu decidi que seria piloto de Avião. Até prova me submeti para EPCAR em Barbacena – MG, mas não passei e logo desisti. Por fim, eu não fui coletor de lixo, engenheiro, tampouco piloto de Avião. Mais tarde me formaria em Teologia e seria ordenado ministro da palavra e dos sacramentos. Algo inimaginável pra mim, vindo de uma família católica e muito menos para meus pais.

Contudo, para o meu pai, desde cedo eu seria um advogado. Lembro-me ele me dizendo quando terminei meu ensino médio – não sabe o que quer curse direito.

Talvez sua história seja semelhante à minha. Quando criança você sonhava em se tornar um piloto de avião, atleta profissional, inventor, cantor, engenheiro ou pianista. Ao mesmo tempo, seu pai o incentivava a ser um médico, advogado ou funcionário público. Fato é que pouquíssimos de nós, quando crianças, acertaram a profissão que um dia teríamos. Provavelmente, os palpites dos nossos pais ficaram ainda mais distantes da realidade.

Todavia não foi assim com Zacarias. Cheio do Espírito Santo, ele profetizou corretamente sobre o futuro de seu filho: E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho, para dar ao seu povo o conhecimento da salvação mediante o perdão dos seus pecados (Lucas 1.76-77; grifo meu). Estas  palavras estão registradas na passagem bíblica conhecida como Benedictus (Lucas 1.68-79), onde Zacarias também agradece e louva a Deus pelo cumprimento das promessas messiânicas em benefício de seu povo. Suas palavras foram como as de sua esposa Isabel, cheias de verdade e gratidão, pois ambos falaram cheios do Espírito Santo.

Entretanto, qual é a relação do nascimento de João Batista com o Natal de verdade? A resposta é simples: ainda que ele, profeta do El Shaddai, não pudesse conceder salvação, nem mesmo para si, ele apontava para o único capaz de presenteá-la: Vejam! É o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1.29) João ensinava ao povo quem era o Messias e o que Ele faria, além de mostrar a necessidade de arrepender-se diante de Deus pelos seus pecados.

Na véspera do Natal, eu gostaria de convidá-lo, à semelhança de João Batista, a anunciar o Natal de verdade. Mostre às pessoas quem é a essência do Natal. Chame a atenção delas para o verdadeiro foco desta data, que é Cristo, e não o Papai Noel, a árvore enfeitada nem a ceia farta. Não tenha medo de apresentá-lO. Jesus não veio para os justos, mas para os pecadores (João 12.47). Ele não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo (Marcos 2.17).

Enfim, que todos nós nos voltemos para Jesus Cristo, o único Salvador, que faz o nosso Natal ser de verdade. Assim como João Batista foi alguém que preparou o caminho do Senhor, espero que você e eu, neste Natal, possamos preparar o caminho para que alguém entenda e admita em seu coração que Jesus é Senhor.

Essa sim é nossa verdadeira vocação como salvos em Cristo.

Rev. Jeferson Lustosa

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