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Texto do Pr. Jeferson Lustosa, publicado na PG do dia 20/11/22

*Pai Nosso, Que Estás nos Céus*

Através de toda a grande mensagem da montanha, Jesus ressaltou a relação íntima que seus discípulos deveriam ter com um Deus pessoal. Nunca isso é visto tão claramente quanto em seu uso do termo “Pai”. Quatorze vezes no sermão ele usa a relação mais pessoal conhecida pelo homem (relação entre pai e filho) para descrever a intimidade que deveria existir entre Deus e os cidadãos do seu reino.

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso….” Jesus não está aqui falando da relação universal que todos os homens têm com Deus, por meio da criação, como no caso de Atos 17:28-29. Pelo seu uso do “Pai nosso”, ele fala daquela relação especial estabelecida pela fé e continuada pela submissão à vontade divina (Mateus 7:21). Esta é a oração do discípulo. Esta é a oração do “filho de Deus” renascido. Somente aqueles que receberam o evangelho do reino são previlegiados para orar “Pai nosso.…”

O grande valor desta oração é que ela define imediatamente todas as relações na vida.

Ela estabelece nossa relação com o mundo invisível. O mundo pagão está cheio de muitos deuses, todos os quais são vistos como ciumentos, rancorosos e hostis. Todos os deuses precisam ser aplacados, contentados e pacificados. O resultado é óbvio: o adorador de múltiplos deuses vive no temor de omitir um deus (Atos 17:23) e, como resultado, é assombrado pela religião, em vez de ser ajudado. Contudo, o cristão sabe que há um Deus: Um Deus que tem o coração terno, amoroso, de um “Pai”. Em vez de tremer de medo diante de um bando de deuses mal-humorados, encontramos descanso no amor e cuidado de nosso Pai.

Ela define nossa relação com o mundo visível. A vida é dura. Há crises e mudanças que desafiam a nós todos. Como posso agüentar? Como posso sobreviver às tempestades da vida? A resposta é encontrada nas duas primeiras palavras desta oração:”Pai nosso”. Tudo se torna mais brilhante e mais suportável quando sei que há alguém a quem posso recorrer por cada temor, cada ferimento, e cada decepção (1 Pedro 5:7).

Ela estabelece nossa relação com nossos irmãos. Jesus nos lembra que Deus é “Pai” de nós todos: “Pai nosso…” Esta própria frase deverá eliminar o egoísmo no reino. O mesmo Pai que cuida de mim, cuida também de você. O resultado, como poderia eu ter sentimentos de amargura e ódio para com aqueles que partilham a mesma relação que eu? Você vê, a única coisa que nos torna irmãos é que temos um Pai em comum.Abençoado seja nosso laço mútuo. Ele nos liga por causa daquele que é o ” Pai nosso”.

Ela define nossa relação conosco. Não posso falar por você, mas sou o pior crítico de mim mesmo. De fato, é muito fácil cair em cima de si mesmo. Você percebe o que Jesus está dizendo? Deus lhe devolverá seu respeito próprio! Você pode pensar que é um João-ninguém sem valor, que você não interessa a ninguém. Jesus diz: “Você está errado! Deus se importa com você!” Que emoção saber que Deus me conhece e me ama! E que eu posso chamar por ele a qualquer hora.

Rev. Jeferson Lustosa

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