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“Façam tudo o que ele disser

Seis lições extraídas do casamento em Caná.

Convidando Jesus

“Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento” (Jo 2.2).

É maravilhoso quando convidamos Jesus a fazer parte da nossa vida também no dia a dia, para que ele esteja ao nosso lado em todos os momentos.

Mas desenvolvemos um raciocínio que precisa ser corrigido. Pensamos que, quando convidamos Jesus, não teremos nenhum problema. Vi certa vez um adesivo em um carro que dizia: “Para quê sofrer? Aceite a Jesus”. A Bíblia não ensina isso.

Mesmo quando Jesus estava no barco com os discípulos, surgiu uma tempestade e as ondas assaltaram o barco, a ponto de entrar água e de os discípulos gritarem de pavor: “Mestre, o senhor não se importa que pereçamos?”.

Faltou vinho no casamento, o que causou grande vexame e agitação. No salmo 73, o salmista lamenta: “Por que os ímpios passam tão bem, e eu sou afligido todos os dias?” Vemos assim que não somos isentos de dificuldades, provações, problemas e até mesmo sofrimentos. Mas quem convida Jesus a participar de sua vida e experiências nunca será decepcionado, mas verá que ele ajuda e consola de uma forma que nenhum ser humano pode fazer. “Bendito seja o Deus e Pai”, diz Paulo diante de todas as dificuldades que ele enfrentou com a ajuda de Jesus (2Co 1.3).

O exemplo de Maria

“Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’” (Jo 2.3).

Podemos aprender muito com a atitude de Maria durante o casamento em Caná. Ela não ficou indiferente diante das dificuldades na festa de seus amigos ou parentes. Ela poderia ter agido como Caim, que disse: “Por acaso sou o guardador do meu irmão?”. Não é meu problema se está faltando vinho ou não.

Maria age de acordo com Filipenses 2.4: “não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros”. O verdadeiro caráter do cristão é interessar-se pelos problemas dos outros e ajudá-los a levar suas cargas: “Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo” (Gl 6.2).

A próxima lição que podemos aprender com ela é levar o problema imediatamente a Jesus. Para onde nós levamos nossos problemas? Marcos 1.30 fala sobre Pedro: “A sogra de Simão estava de cama, com febre; e logo deram essa notícia a Jesus”.

Conte seus problemas a Jesus, diga-lhe onde o sapato está apertando. Ele entende você. É ele quem pode ajudar. Por isso, também hoje queremos agir conforme Hebreus 4.16: “Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno”.

A hora dele não é a nossa

“Mas Jesus respondeu: ‘Por que a senhora está me dizendo isso? Ainda não é chegada a minha hora’” (Jo 2.4).

Jesus sempre agiu de acordo com a vontade de seu Pai. Ele não se deixava guiar pela sua própria honra ou por outras motivações erradas, como acontece conosco. Talvez o desejo de Maria estivesse baseado nisto. Salvar a situação, para evitar o vexame de ter errado no cálculo ou de ter sido avarenta e comprado pouco vinho etc.

Jesus tinha apenas uma motivação: glorificar o Pai. Vemos também em João 11, com Lázaro, que a hora de Jesus não era a hora de Maria e Marta. Jesus chegou tarde demais para elas, mas ainda assim a hora estava correta do ponto de vista dele, pois em João 11.15 ele afirma: “Por causa de vocês me alegro de que não estivesse lá, para que vocês possam crer”.

Tudo tinha um propósito específico. A hora de Jesus não é a nossa, mas é sempre a correta. Você também crê que a hora dele vai chegar e que ele vai interferir no momento exato, mesmo que pensemos que ele está atrasado? Se a resposta demorar, creia que ele faz tudo certo, pois ele sabe o que é bom e correto, inclusive neste momento da sua vida.

Ele vai agir corretamente

“Então ela falou aos serventes: ‘Façam tudo o que ele disser’” (Jo 2.5).

Quando Maria apresenta, isto é, entrega seu pedido a Jesus, ela recebe uma resposta não muito encorajadora. “Mas Jesus respondeu: ‘Por que a senhora está me dizendo isso? Ainda não é chegada a minha hora’”.

Jarro

Como nós reagimos quando oramos e não obtemos resposta? Desistimos, decepcionados, e jogamos tudo para o alto, ou reagimos como Maria, que aceita a situação, deixa tudo por conta de Jesus e ainda diz: “Façam tudo o que ele disser”?

Ela submete-se totalmente a ele. Frequentemente queremos dizer a Deus o que ele deve fazer e quando. Mas precisamos aprender que ele é o Senhor, que ele é quem manda, não nós. Maria submete-se totalmente a ele, apesar de não entender nada.

Ele vai agir corretamente. Em Lucas 1.38 ela reage da mesma forma. Apesar de não conseguir explicar nem entender nada, ela declara: “Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a sua palavra”.

Zacarias não conseguiu agir assim, e ficou preso à sua razão, que atrapalhava a sua fé. Provérbios 3.5 afirma: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento”.

Como o melhor vinho é produzido

“Quando o responsável pela festa provou a água transformada em vinho – ele não sabia de onde tinha vindo, por mais que os serventes que haviam tirado a água soubessem –, chamou o noivo e lhe disse: ‘Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, quando já beberam muito, servem o vinho inferior; você, porém, guardou o melhor vinho até agora!’” (Jo 2.9-10).

A falta do vinho levou à experiência maravilhosa do milagre. Na nossa vida acontece a mesma coisa: quando cooperamos com Jesus, isto é, obedecemos às suas ordens, as dificuldades, provações e dores nos trarão novas bênçãos.

“A falta do vinho levou à experiência maravilhosa do milagre.”

O sofrimento pelo qual você está passando tem como propósito trazer-lhe mais bênção. O vinho que Jesus faz é melhor do que qualquer vinho produzido pelo ser humano. O que fazemos com Jesus supera toda inteligência e competência humanas. O que importa é cooperar com Jesus. Desta forma produziremos o melhor vinho, isto é, nascerão os melhores frutos.

A única questão é: cooperamos com Jesus, isto é, vivemos em harmonia com ele na dor e na dificuldade? Também existe o contrário: rebelar-se, resmungar e acusar Deus por causa da falta de vinho. Ficamos presos pela ideia de que ele não poderia ter permitido isso. Mas quando nos submetemos à sua Palavra e à sua autoridade, fazendo o trabalho dos servos, poderemos aproveitar o melhor vinho e louvá-lo pelos milagres que ele faz em nossa vida.

O melhor ainda vem

“Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, quando já beberam muito, servem o vinho inferior; você, porém, guardou o melhor vinho até agora!” (Jo 2.10).

No primeiro milagre de Jesus, no casamento em Caná, reconhecemos um princípio bíblico muito encorajador. O vinho bom, isto é, o melhor, vem no final. Também poderíamos dizer que o melhor ainda vem.

Isto também vale para nós cristãos de hoje. Depois da decepção por causa do vinho que acabara, veio a surpresa inesperada: o melhor dos vinhos, decorrente de um milagre de Jesus. A mesma coisa acontece conosco: depois da humilhação vem a exaltação. Depois da provação, vem a libertação.

Se você estiver enfrentando uma fase assim neste momento, em que não sabe como continuar ou por que isso está acontecendo com você, fale com Jesus, pois ele pode transformar também estas circunstâncias para o seu bem.

Ele tem a última palavra, e o que vem pela frente será muito melhor do que aquilo que existe no momento. Esperamos pelo melhor.

Quem já convidou Jesus para entrar em sua vida, pode ter esta certeza: o melhor ainda vem, e isto será maravilhoso demais. Conte com Jesus hoje, e espere por aquilo que ele pode fazer.

Ernesto Kraft é missionário desde 1975 e atualmente desenvolve um ministério específico de evangelização através de folhetos em São Paulo.

Fonte/chamada.com

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