Texto do Bispo Mário Porto, publicado na PG do dia 02/10/22
ESPERANÇA VIVA
Nesse mundo pluralista onde, o absoluto perdeu a base dos pressupostos somos ordenados por Deus a realizar a tarefa da apologética, como também somos por Ele equipados para esse propósito.
“Antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.-5).
O tempo em que o apóstolo Pedro escreve eram tempos difíceis, após a ressurreição de Cristo; onde haviam muitos opositores da fé cristã, tanto dentro das igrejas quanto fora, como as autoridades políticas e religiosas. Nesse tempo os cristãos estavam sendo covardemente perseguidos. Pedro os orienta como devem agir diante diante das circunstâncias e também como eles devem responder quando houver oposição a fé cristã ou os atacarem por serem cristãos. Como vemos nesse tempo, observamos nos dias atuais. A nossa realidade é um legítimo ataque as verdades das Escrituras. O ataque vem de dentro das nossas comunidades, vem da mídia, vem das outras seitas e religiões. A neo ortodoxia, a teologia liberal, o universalismo teológico, o “semipelagianismo” (é uma doutrina que afirma que o homem não regenerado é capaz de contribuir com suas obras para a realização de sua própria salvação. Para a doutrina semipelagiana, a regeneração é um processo sinérgico onde a vontade do homem coopera com a graça de Deus.
Para entendermos a origem do Semipelagianismo precisamos recuar um pouco a história até o século até o século 5 d.C., quando um monge chamado Pelágio desenvolveu uma doutrina que negava o pecado original, afirmando que o homem é capaz de viver uma vida sem pecado por sua própria vontade, e também defendendo que a graça de Deus não é algo essencial para salvação. Essa doutrina ficou conhecida como “Pelagianismo”. Pelágio foi duramente refutado por Agostinho de Hipona, que através de seus escritos defendeu a doutrina bíblica acerca da total depravação da humanidade, afirmando que após a Queda, o homem é incapaz de fazer qualquer bem em favor de sua própria salvação, sendo totalmente dependente da graça soberana de Deus para realizar qualquer ação ou decisão positiva espiritualmente.
A apologética dos nossos dias vem persuadida de paixões ideológicas, interpretações humanistas ou evidencialistas.
A palavra grega traduzida para “dar uma resposta” é a palavra “apologia”, daí derivamos a palavra “apologética”. Precisamos como cristãos estar sempre prontos para dar uma resposta, para defender a nossa fé. Aqui há uma ideia de todos os cristãos, estarem aptos ou preparados para responder a toda aquele que pede uma razão. A palavra grega usada por Pedro é “logos”, traduzido como “razão”. Nos dando o sentido de fundamentos, argumentos consistente para a nossa fé. Os desafios que estamos propensos a enfrentar precisam ser respondidos, fornecendo o fundamento da nossa esperança imorredoura.
Estar preparado para essa defesa é ter o entendimento das Escrituras, pensar biblicamente, trazendo essa verdade para os dias de hoje. Talvez não teremos todas as respostas, contudo existe uma ordem para estarmos prontos, preparados, aptos. Isto só pode acontecer se houver o conhecimento das Escrituras Sagradas. Pensar como a Bíblia pensa, é ter fundamentos.
Quero trazer à memória o que pode me dar esperança. (Lamentações 3.21).
Em quem você tem colocado sua esperança ?
A Esperança é Jesus !!!
Indesistivelmente,
Mário Porto,
Vosso conservo em Cristo.
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