NENHUM SINAL LHE SERÁ DADO
1 – E, CHEGANDO-SE os fariseus e os saduceus, para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. 2 – Mas ele, respondendo, disse-lhes: Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. 3 – E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos? 4 – Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. E, deixando-os, retirou-se.(Mateus 16.1-4)
Os Fariseus e Saduceus eram, duas classes de religiosos que se apresentavam como importante representação do poder à época de Jesus. O farisaísmo era a “religião das multidões” com grande apoio da população e os saduceus, a “religião das elites”, controlava a maior parte na área política aliados com o governo do império romano. Discordavam entre si na maioria das questões, mas se ajuntavam em nítida e forte oposição à Jesus, que os acusava de ser uma geração má e adúltera, inconfiável e irreconciliável.
Em todo tempo os fariseus e saduceus procuravam em ações e nas falas de Jesus algum motivo para acusá-lo como perturbador da ordem social e política, e, que, também, contrariava as antigas tradições religiosas e culturais de todo um povo. Dizem no Brasil que “política, religião e futebol não se discute”. No entanto, podemos pensar melhor que isso com o pensador Julio Pattuzzo: “Política e Religião não se misturam; uma coisa é ter fé em Deus, outra é acreditar no homem. O homem é corruptível; Deus não!”. Concordo e Jesus concorda também: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21b). Em tempo algum Jesus pecou.
Se o céu à tarde está rubro (vermelho como sangue), haverá bom tempo e se o céu pela manha está de um vermelho sombrio, haverá tempestade. As cor é a mesma, mas as tonalidades se diferenciam. E assim, Jesus diz que qualquer pessoa com o mínimo de observação sem conhecimento de meteorologia, saberia distinguir se haverá bom tempo ou tempestade naquela região.
Jesus curou multidões de enfermos, expulsou espíritos malignos, fez o cego de nascença ver, paralíticos andar, multiplicou pães e peixes para mais de cinco mil pessoas, pregou com autoridade do céu superando os mestres, escribas ou doutores de qualquer época até hoje. Não, não precisa de qualquer outro sinal, a não ser o “sinal de Jonas” e todos sabiam da história, o qual experimentou o tempo de “três dias e três noites” de retiro no ventre de um grande peixe. Jesus refere-se à própria morte e sua ressurreição ao terceiro dia quando ressurgiu do profundo abismo da morte, esse é o único sinal para se crer pela fé.
Pr. Ivan Moutinho – ibboavista – Timon – MA