E POR FALAR EM GRAÇA…

“ – Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 – Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. 8 – E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou, 9 – E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo de dura cerviz; porém perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança.”(Êxodo 34.6-9)

Nestes últimos dias em nosso Brasil, o assunto predominante gira em torno da lei da  “graça constitucional”, a qual  é  competência única e exclusiva  do comandante maior da nação, conforme o seu juízo, absolver, como um ato de clemência, perdoando  aquele que está sendo  julgado ou foi condenado pela justiça dos homens.

A Graça e verdade estavam claramente presentes na Lei (Êxodo 34.6), mas Moisés não pôde testemunhar sua plenitude, pois só lhe foi possível ver parte da glória de Deus (Êxodo 33.20-23). A expressão suprema da glória de Deus viria na encarnação da Palavra/Lei, na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor. Ele sim, veio a nós  cheio da Graça e Verdade. “- Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,” (Tito 2:11).

A graça presidencial, tira a culpa, do réu, ou seja, desculpa o culpado. Diferentemente da  Graça, dom de Deus, que perdoa a iniqüidade, transgressão e pecado daquele que, sinceramente,  se arrepende  e se  submete ao Senhorio de Jesus, aprendendo a não mais confiar  em suas próprias obras de justiça, reconhecendo que por um só ato de justiça, veio a Graça para justificação de vida, (Romanos 5.18), por Jesus Cristo nosso Salvador e está ao alcance de todos os homens, pela Fé e não por obras.

Portanto, Deus não tem ao culpado como inocente e assim visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.(v. 7), conforme citou Moisés quando intercedeu pelo seu povo diante de Deus. Em  reverente temor inclinou a cabeça para a terra  e adorou, assim,  se identificou representando um  povo de “dura cerviz” o qual durante quarenta  anosele  guiou pelo deserto. Humilhou-se e clamou pela expansão, continuidade e hereditariedade do povo hebreu, que mesmo pecadores seriam reconhecidos como povo que agrada ao único Deus que os ama.

Assim, a Graça de Deus é plena, irrevogável por qualquer lei humana, expandida para todos os homens que crerem e desejarem seguir a verdade em amor que é o próprio Cristo.  

– E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. (João 1.16). Finalmente, a lei foi dada por Moisés, mas a Graça Plena veio  por Jesus Cristo, graça por graça. Aleluia, amém!

Pr. Ivan Moutinho – ibbv – Timon –MA