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Texto do Pr. Felipe Hartmann, publicado na PG do dia 08/05/22

Epafrodito, um servo incomparável (Fp 2.25-30)

Na carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses, no capítulo dois, dos versículos 25 à 30, somos apresentados a um homem, possivelmente de origem grega, chamado Epafrodito. Não há outro relato da aparição deste homem em nenhum outro lugar do Novo Testamento. Temos diante de nós um personagem, do qual não sabemos sua origem, sua história de conversão e seu destino, porém, Paulo descreve algumas características muito particulares dele, o que o torna um servo incomparável.

As três primeiras características destacadas pelo apóstolo são que Epafrodito era um irmão, um cooperador e um companheiro de lutas, ou seja, um verdadeiro homem pronto para servir ao Corpo de Cristo. A palavra que aparece no texto é cooperador, no grego synergos, o que demonstra para nós, que ele e Paulo tinham o mesmo tipo de serviço na obra do Evangelho. Eram portanto “irmãos de armas” na luta pelo crescimento e expansão da verdade a respeito de Cristo.

Epafrodito foi um homem que deveria servir Paulo, enquanto este estava preso em Roma, ele deveria ser o auxiliar do apóstolo. Sua missão não foi apenas a de trazer a Paulo o donativo da igreja filipense, mas também a de servir a Paulo de qualquer forma que fosse requerida. Portanto, Epafrodito fora enviado tanto para levar uma oferta quanto para ser uma oferta dos filipenses a Paulo.

Uma situação muito particular é narrada a respeito deste servo incomparável. Paulo nos diz que ele adoeceu quase a ponto de morrer (Fp 2.27), mas foi curado pela misericórdia de Deus sobre sua vida. Isso nos mostra que mesmo para nós, humildes servos desta obra, podemos adoecer e sofrer profundas angústias. Assim como Epafrodito, nós também não obtemos nenhuma imunidade especial por sermos servos do Altíssimo, carecemos portanto, todos os dias da misericórdia divina.

A última menção a respeito de Epafrodito é que ele deveria receber honra da sua igreja de origem, da igreja da cidade de Filipos, pois mesmo não conseguindo cumprir plenamente sua missão de auxiliar Paulo na prisão devido à sua doença, ele foi um homem disposto a ir e obedecer. Sua igreja deveria honrá-lo pois ele foi um cooperador de Paulo, seu companheiro, seu mensageiro e auxiliar (mesmo que por pouco tempo). Epafrodito arriscou sua própria vida (Fp 2.30) por amor de Cristo e pelo cuidado dos outros, indo até onde aqueles outros cristãos não puderam estar.

Epafrodito nos ensina muito a respeito sobre a importância de sacrificar-se em favor do nosso próximo. Ele não estava sob os holofotes dos grandes acontecimentos da igreja naqueles dias, mas sua bravura e seu amor pelo Evangelho de Cristo e pelos irmãos, o levou a ser elogiado por Paulo como um servo incomparável. Amém e amém!

Pr. Felipe Hartmann

@ofelipehartmann

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