O MISTÉRIO DO CASAMENTO
“Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gênesis 2.24)
O casamento é uma obra singular de arquitetura do Supremo Criador, que primeiro formou o homem do pó da terra, deixando-o solitário por algum tempo, para evidenciar que seria necessária “uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (Gênesis 2.20). Por sua graça e misericórdia, o Senhor fez a mulher da mesma substância do homem – carne e osso – e a entregou para as núpcias.
A mulher, portanto, é o resultado do último e tão perfeito ato da criação, ofertada como maravilhoso presente ao homem. Percebendo o Altíssimo a satisfação do homem com a dádiva recebida, então instituiu o matrimônio, ao determinar que deixe o varão pai e mãe para se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Eis um grande mistério: homem e mulher se unem em casamento, guardando a individualidade, mas passam a formar um só corpo, uma unidade indissolúvel.
É um mistério tão profundo que serve de alegoria para a união entre Cristo e a sua igreja: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.” (Efésios 5.31,32)
A aliança de Cristo com a igreja só é possível por se tratar de uma união de partes com uma mesma natureza, de cunho espiritual: o Espírito de Cristo forma uma unidade mística com o espírito dos eleitos, o Corpo de Cristo, sua igreja. Jesus é a cabeça da igreja, em comunhão eterna com o Corpo.
Homem e mulher constituem sobretudo uma unidade espiritual. Desse modo, para que um relacionamento conjugal permaneça inabalável, somente sendo rompido pela morte, é necessário que marido e mulher invistam diariamente na área espiritual e andem conformes os princípios das Escrituras reservados para o casamento, tais como amor, pureza, fidelidade, respeito, proteção, provisão material, perdão e justiça. Investir no espírito é investir no matrimônio.

Lusival Gaspar – Igreja Batista Vale do Jordão

Texto extraído do livro “Adorando a Deus em Família” (Viegas Editora, p. 28)