CUIDADO COM A ESPIRITUALIDADE TÓXICA

Orai assim: PAI NOSSO…(Mateus 6.7-15)

Uma espiritualidade que não leva em conta a força e o ensinamento da oração de Jesus acaba em um ritualismo vazio.
Quanto menos uma pessoa conhece a si mesma, sabe das suas limitações e de suas ambiguidades, tanto mais isso influencia o seu relacionamento com Deus. Alguém que se sinta autossuficiente, extremamente confiante nas próprias forças e nas próprias capacidades, terá dificuldades em submeter-.se diante do Senhor; consequentemente alguém que cultiva o medo e o receio de tudo não vai conseguir olhar para Deus com confiar e esperança.

Um relacionamento torna-se tóxico quando se torna nocivo para uma das partes, ou ambas. Nesse caso, o relacionamento que deveria ser prazeroso acaba provocando constragimentos, conflitos e feridas emocionais, uma forma de individualismo acentuado, além do sentimento de posse sobre o outro. No fundo, a relação tóxica mostra duas vulnerabilidades pessoais: egoísmo e narcisismo exacerbado. Esse tipo de comportamento acaba se alastrando por todas as atividades da vida, inclusive na espiritualidade. Uma pessoa tóxica terá dificuldades no trabalho em equipe ou exercer uma liderança saudável. Atitudes assim mascaram o verdadeiro sentimento religioso e acabam gerando deficiência na oração e no testemunho da fé. Soberba e intimismo se opõem ao espírito de gratidão e a essência de um cristianismo puro e simples que o reflexo da nossa comunhão intrínseca em Cristo Jesus.

O caminho de uma espiritualidade translúcida, calibrada pelas Escrituras Sagradas perpassa pelo conhecimento de Jesus, pois tudo foi entregue a Ele, e é Ele quem revela o Pai, não aos sábios, mas pequeninos (Lucas 10.21-22). Nesse caminho, os discípulos pedem que os ensinem a orar (Lucas 11.1-4). A oração ensinada por Jesus começa estabelecendo uma relação super saudável de paternidade e, assim, Ele nos ensina a chamar Deus de Pai, e nos faz sentir como filhos e irmãos uns dos outros.

Num tempo de relações líquidas e tóxicas, necessitamos a cada dia aprofundar nosso discipulado e sobretudo aprender amar a Deus sobre todas coisas, nossa família e o próximo.

Coloquemos em prática os ensinamentos da Oração que Jesus nos ensinou. Pai Nosso.

Indesistivelmente,

Vosso conservo em Cristo,

Mário Porto,