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Governo Federal monitora risco de rompimento da barragem de Pará de Minas, em Minas Gerais

Moradores das áreas mais próximas ao rio São João já foram retirados das residências
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Brasília (DF) – Localizada no município de Pará de Minas, em Minas Gerais, a barragem de concreto da Usina do Carioca segue sendo monitorada diante do risco de rompimento. Não houve, até o momento, nenhuma ruptura.

Para tratar dos possíveis danos à estrutura, uma reunião foi realizada, nesta segunda-feira (10), com a empresa Tecidos Santanense, responsável pela barragem, e representantes da Defesa Civil Nacional, da Defesa Civil de Minas Gerais e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Durante o encontro, foram apresentados resultados de um estudo realizado pela empreendedora em 2017/2018 de maneira preventiva. A análise da barragem considerou um cenário de rompimento e mostrou que, no caso de uma ruptura, a água não afetaria de forma considerável cidades próximas, como Pará de Minas, Conceição do Pará, Pitangui e Onça de Pitangui. De acordo com o estudo, pequenas ocupações rurais poderiam ser atingidas.

Diante da situação de risco, a Defesa Civil Nacional, em parceria com as defesas civis estadual e municipal, está monitorando a região e ações de prevenção e de proteção à população já foram realizadas no local, como a evacuação de moradores das áreas mais próximas ao rio São João.

O coordenador de estudos integrados da Defesa Civil Nacional, Rafael Machado, destacou a importância da reunião diante do risco. “A reunião foi organizada para promover um melhor esclarecimento dos municípios que estão potencialmente envolvidos com a situação de risco da barragem de Pará de Minas. O objetivo era que o empreendedor pudesse apresentar dados técnicos fidedignos e de procedência confirmada para que os agentes públicos atuantes na operação possam estar esclarecidos sobre as reais situações de risco, os procedimentos adequados a serem tomados e o repasse de informações para orientar a população desses municípios”, observou.

Machado alertou ainda para o perigo da divulgação de informações erradas neste momento. “Estamos presenciando uma grande desinformação, além da circulação de ‘fake news’, o que gera pânico nas comunidades. Por isso, é fundamental que os agentes públicos estejam orientados com dados técnicos e corretos”, completou.

Barragem Carioca

Localizada em uma área rochosa, a barragem do Carioca apresenta uma estrutura de concreto em arcos com sistema vertente e foi projetada para permitir a passagem da cheia.

No caso de um rompimento, segundo a empreendedora, as regiões com ocupação residencial (famílias ribeirinhas) seriam afetadas cerca de quatro a seis horas após a ruptura. Além disso, a vazão chegaria com menos força, já que a água teria mudado de direção várias vezes ao longo do caminho.

Acordo de Cooperação Técnica em Segurança de Barragens

O Acordo de Cooperação Técnica em Segurança de Barragens tem como objetivo receber e compartilhar informações sobre a segurança de barragens, promover atuação conjunta em casos de emergência e apoiar o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública. Para isso, os representantes do grupo trocam experiências e conhecimento e ainda oferecem cursos e treinamentos.

Em Pará de Minas, foi instalado um gabinete para prestar informações de forma transparente e centralizada sobre a evolução da situação na barragem do Carioca.

FONTE/MDR

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