Texto do Rev. Hernandes Dias Lopes, reproduzido na PG do dia 09/01/22
NA PLENITUDE DOS TEMPOS
Não houve nenhum improviso no nascimento de Jesus. Tudo foi rigorosamente planejado e planejado desde a eternidade. Jesus foi filho de profecia. Os patriarcas falaram dele e os profetas apontaram para ele. Ele foi prometido desde o Éden. Ele é a semente da mulher que nasceu para esmagar a cabeça da serpente. Ele foi simbolizado pelo cordeiro da Páscoa. O tabernáculo era um símbolo dele. A arca da aliança falava dele. Os objetos que estavam dentro da arca tinham como propósito falar dele. Ele foi simbolizado pelo templo, pelas festas, pelos sacrifícios. Reis, sacerdotes e profetas eram um emblema dele. O descanso do sábado era uma sombra do verdadeiro descanso que encontramos nele. Ele foi simbolizado pela coluna de fogo que guiava os israelitas no deserto e, também, pela coluna de nuvem que os cobria durante o dia. Ele foi simbolizado pelo maná e, também, pela água que brotava da rocha. Na verdade, todo o Antigo Testamento apontava para ele e era uma preparação para o seu nascimento.
Não apenas o cenário religioso apontava para o seu nascimento, mas também, o cenário político. Deus preparou o império babilônico para dar ao mundo uma legislação. Deus preparou o império medo-persa para dar ao mundo um sistema tributário. Deus preparou o império grego para dar ao mundo a cultura e uma língua universal e o império romano para dar ao mundo um sistema jurídico e político. Deus preparou os hebreus para dar ao mundo a Escritura. Na plenitude dos tempos, quando o cenário estava pronto, Jesus veio, nascido de mulher, nascido sob lei, para ser o nosso Redentor.
Deus moveu o imperador César Augusto para fazer um recenseamento no seu vasto império, a fim de que José e Maria saíssem de Nazaré e fossem para Belém. O Messias, por ser filho de Davi, deveria nascer em Belém, a cidade de Davi. Por ser Jesus, o Pão da Vida, ele deveria nascer em Belém, cujo significado é casa do pão. Por ser ele, o cordeiro de Deus, foi colocado numa manjedoura. Sendo ele Deus se fez homem.
Em seu nascimento houve luz à noite, pois ele é o Sol da Justiça. Quando ele nasceu houve alegria no céu e júbilo na terra. Anjos e homens se alegraram. O anjo proclamou aos pastores: “Hoje nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. O Verbo eterno, pessoal e divino se fez carne e habitou entre nós. Ele vestiu pele humana e calçou as sandálias da humildade. Sendo o criador e o dono do universo nasceu humilde, numa família humilde, num berço humilde. Foi colocado numa estrebaria, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Sendo ele Deus, se fez homem. Sendo ele o Rei dos reis, se fez servo. Sendo ele transcendente, esvaziou-se a si mesmo.
Quando Jesus nasceu, o rei Herodes se alarmou, mas os magos, ao verem sua luz no Oriente, vieram a Jerusalém e guiados pela estrela chegaram a Belém, onde adoraram a Jesus, entregando-lhe seus tesouros: ouro, incenso e mirra. Hoje, passados mais de dois mil anos, celebramos com entusiasmo esse magno acontecimento, o nascimento de Jesus. Ele veio ao mundo como o pão da vida e como a luz do mundo. Ele entrou na história como a porta das ovelhas e como o bom pastor. Ele é a ressurreição e a vida. Ele é o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ele é a Videira Verdadeira. Que o nosso coração exulte nele e que vivamos para ele, proclamando seu nome e anunciando a sua salvação.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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