Lothar Gassmann – O termômetro da fé
“Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador.” (Lucas 18.13)
Há algum tempo vi, numa igreja, um “termômetro do estado da fé”. Nele estava escrito: “O termômetro do estado da fé pretende ajudá-lo a identificar a situação do seu coração e lhe mostrar como você está diante de Deus”. Esse termômetro espiritual estava graduado desde “abaixo de zero” até “acima de zero”. Bem embaixo constava “A perdição eterna” e bem no topo lia-se “Entrada no céu e coroa incorruptível”. Na posição “zero” (no meio) estava a estarrecedora palavra: “Indiferença”.
Nos graus negativos que pavimentam o caminho para o inferno em movimento descendente, encontravam-se, entre outros, as características de uma vida carnal: desleixo na oração e na leitura bíblica, frequência irregular aos cultos, endurecimento do coração contra exortações, superficialidade nos diálogos, autoexaltação e falta de amor ao julgar outros, amor ao mundo e seus prazeres, mau uso do nome de Deus, vida desregrada em embriaguez e imoralidade, distanciamento da fé com obstinação, zombaria e perseguição aos crentes e o triste final com medo, desespero e sofrimento no inferno.
Por outro lado constavam as marcas do caminho para o céu, principalmente as seguintes características: considerações sérias ao ouvir o evangelho, anseio pela Palavra de Deus, confissão de pecados, arrependimento sobre a vida atual, humildade, oração e obediência, alegria e paz na fé em vez de prazeres mundanos, desejo de ter comunhão com crentes, alegria em participar dos cultos, crescimento na luz, conhecimento e força na fé, obediência ao Senhor em várias tentações e provações, amor aos perdidos, amor ao inimigo, sentir-se abrigado no sofrimento, enfermidade e morte, alegria pela eterna glória celestial.
Quem curte e deseja uma vida pecaminosa não pode persistir diante de Deus. Quem se autojustifica não consegue permanecer diante de Deus.
Quem curte e deseja uma vida pecaminosa não pode persistir diante de Deus. Somente um retorno radical consegue salvá-lo. Do mesmo modo, quem se autojustifica não consegue permanecer diante de Deus. Como exemplo de autojustificação, o Senhor Jesus descreve um fariseu que foi ao templo e disse: “Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lucas 18.11-12). O publicano, no entanto, que também foi para o templo, estava ciente de sua culpa diante de Deus. Ele “ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’” (Lucas 18.13). Jesus diz que o publicano foi justificado por Deus, mas o fariseu não foi.
E nós, em que situação estamos? Que o Senhor nos abençoe para que possamos, em humilde esperança de fé, ser encontrados no “lado superior” do termômetro da fé!
Lothar Gassmann
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