CONSOLO NA SOBERANIA DE DEUS POR LIVRAMENTO E SALVAÇÃO – PARTE 2
(Is. 40: 3-5).

INTRODUÇÃO – Esse capítulo 40 de Isaías é interessante porque marca um segundo momento na profecia de Isaías, que pode ser chamado de “A Era da Consolação.” Até o capítulo 40, as profecias de Isaías traziam uma palavra muito dura de juízo e castigo de Deus. Porém, a partir do capítulo 40, o profeta traz uma palavra de consolo e misericórdia da parte de Deus para o povo. Senão vejamos:
A primeira parte do verso 3 diz: “Voz que clama no deserto.” Essa profecia vai reverberá no ministério de João Batista, quando João prega o arrependimento no deserto da Judéia. O próprio João e os autores dos evangelhos entendiam que o ministério de João era o cumprimento dessa profecia de Isaías. Uma voz no deserto, porém, portadora de boas notícias.
Os mensageiros eram conhecidos no Antigo Oriente Médio por serem portadores de notícias políticas e cívicas, aos habitantes de uma determinada cidade. Todas as cidades tinham, cada uma, o seu porta-voz, o seu mensageiro, aquele que era o portador de notícias que interessavam aos habitantes da cidade.
O deserto geralmente simbolizava ruína e juízo de Deus; mas o deserto também pode ser o lugar do encontro com Deus, ou, onde as pessoas se voltam pra Deus.
A segunda parte do verso 3 diz: “Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo (lugar deserto) vereda ao nosso Deus.” A maior parte das estradas do antigo Oriente Médio não era pavimentada e de vez em quando tinham que ser aplainadas, os obstáculos precisavam ser removidos para que se pudesse trafegar por elas.
Espiritualmente, isso significa preparar o caminho, por meio da pregação do evangelho, para a salvação. No contexto imediato, preparar um caminho no deserto seria preparar o caminho para o retorno dos exilados da Babilônia para Jerusalém, para que fosse um caminho sem muitos obstáculos; porém, em um contexto profético, o texto aponta para  a obra de Jesus Cristo. De modo que, em Jesus Cristo, todos os obstáculos para a salvação são removidos, e o maior desses obstáculos era a condenação pelos nossos pecados, obstáculo que foi removido na cruz.
O verso 5 fala da “Glória do Senhor” , que é o esplendor da presença de Deus, que agora pertence aos que creem na promessa, e que por meio da preparação feita pelo sacrifício no calvário será consumada na eternidade. Chegará, pois, o tempo em que virá o Filho do Homem em majestade e glória, e todo olho contemplará essa glória do Senhor, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Pare e pense nisso! (Pastor Sérgio Lima, escravo de Cristo por causa da Cruz. Escravo alforriado, mas escravo).