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Deus é um maníaco genocida?

Bobby Conway

Os novos ateístas amam retratar a Deus como um maníaco genocida. Muitos críticos da Bíblia acusam os cristãos de servirem um Deus maníaco que destrói muitas nações aparentemente inocentes no Antigo Testamento. À primeira vista, pode parecer que Deus é um tirano moral, mas não é esse o caso. Vejamos desta maneira.

Em primeiro lugar, ninguém é verdadeiramente inocente. Paulo nos dá uma ajuda nesse ponto: “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23). Na mesma carta, Paulo nos ensina que todas as pessoas são indesculpáveis diante de Deus (Romanos 1.20). Isso significa que uma pessoa não precisa ser cristã para saber o que é certo e o que é errado. Nós já viemos programados com um sentido inato de valores morais, e isso porque o código moral de Deus está embutido. As Escrituras nos ensinam que tanto a consciência quanto a criação testificam da existência e grandeza de Deus (Romanos 1.19-20; 2.14-16; Salmos 19.1).

Segundo, o juízo é o último recurso de Deus. Você não se sente agradecido? Eu certamente sim. Deus esperou pacientemente por 430 anos a fim de julgar os habitantes de Canaã, porque os pecados deles ainda não tinham atingido o limite (Gênesis 15.16). Com Sodoma e Gomorra, Abraão teve sucesso ao implorar por eles, pedindo a Deus que os poupasse por amor a dez homens justos (Gênesis 18–19). O relato de Gênesis indica que Noé alertou as pessoas do juízo iminente por 120 anos, antes que Deus de fato julgasse a terra com um dilúvio (veja tb. 2Pedro 2.5). Até mesmo os profetas não muito populares do Antigo Testamento, que alertaram quanto ao juízo que em breve aconteceria, retratam a misericórdia de Deus ao darem um toque para que as nações rebeldes se arrependam. Deus prontamente mostrou misericórdia para aqueles dispostos a se afastar do pecado, como vemos com Nínive (Jonas 3) e Raabe logo antes da conquista da terra (Josué 2). Deus não julga do nada. Ele graciosamente alerta antes de efetuar o juízo.

Longe de ser um maníaco genocida, Deus até mesmo levou o juízo sobre si mesmo a fim de nos poupar de seu julgamento.

Terceiro, a destruição de Deus nunca foi o resultado de uma limpeza étnica; antes, era para limpar a idolatria, como no caso da conquista de Canaã. Até mesmo os israelitas foram levados ao cativeiro, em parte por causa de sua idolatria, e Deus usou tanto os assírios quanto os babilônios a fim de castigar Israel por sua contínua rebelião, com o objetivo de fazer o coração deles se voltar a ele.

Saiba disso. O julgamento não é o primeiro recurso de Deus. É seu último recurso. Longe de ser um maníaco genocida, Deus até mesmo levou o juízo sobre si mesmo a fim de nos poupar de seu julgamento. Pense em Jesus. Pense na cruz. Pense na graça.

Publicado com permissão do ministério The One Minute Apologist (disponível em: https://oneminuteapologist.com/is-god-a-genocidal-maniac/).

Bobby Conway é o fundador e apresentador do ministério One Minute Apologist, especializado em fornecer respostas rápidas e fundamentadas sobre a defesa da fé cristã. É mestre em teologia pelo Dallas Theological Seminary e doutor pelo Southern Evangelical Seminary na área de apologética. Casado com Heather, tem 2 filhos e vive no sul da Califórnia, onde leciona no Calvary Chapel Bible College. Autor do livro Duvidando em Direção à Fé, publicado no Brasil pela Chamada.

FONTE/ CHAMADA.COM

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