Texto do Bispo Mario Porto, publicado na PG do Jornal Pequeno do dia 09/05/2021
MARIA – ACEITOU COM AMOR E GRATIDÃO O DESAFIO DA MATERNIDADE
“Cântico de Maria”. Aqui nos encontramos com um texto que se converteu em dos grandes hinos de gratidão da Igreja – o Magnificat. Ele é chamado assim porque na versão em latim de do Evangelho de Lucas 1.46 diz: “Magnificat anima mea Dominum”.
Observe que Maria diz: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”. Maria está convicta de quem vinha a sua alegria e a sua salvação. Ela cria que o Senhor, Deus de Israel, era o responsável pelas bençãos por ela alcançadas. E, devido a isso, ela adora ao Senhor.
Maria foi, sem dúvida, a mãe mais importante de toda a Bíblia. Foi uma mãe elogiável, não porque tivesse em si mesma, ou porque fosse melhor que as outras mães, mas por causa da importância do seu amado Filho: Jesus Cristo. Se consideramos o privilégio tal que ela teve em ser escolhida para participar na vinda do Salvador ao mundo, podemos concluir que Maria foi a mãe mais relevante em toda a história (Lucas 1.30-33). Que graça maravilhosa poder carregar no ventre e depois nos braços o maravilhoso Filho de Deus !
Não defendemos a “mariolatria” e sim a “mariologia” Temos muito a aprender com essa abençoada mulher, por ter se disponibilizado para o cumprimento da vontade de Deus. Que felicidade para essa mãe ! Mesmo assim, isso não a isentou de enfrentar algumas dificuldades. Maria era uma jovem comum no seu tempo, virgem, noiva de José, mas que por ter aceitado, pela fé, este grande desafio, poderia pôr em risco a sua vida e o seu futuro casamento.
O próprio José, quando soube que a noiva estava grávida, quase a abandonou. Só não o fez por ter sido avisado pelo anjo do Senhor. (Mateus 1.18-21).
Maria aceitou a graça de abraçar a Jesus, apesar das possíveis retaliações familiares e da provável crise no relacionamento com José (Lucas 1.46-47).
A fé de Maria em Deus e nas suas promessas era o seu compromisso número um. A sua firme confiança na chegada do Messias fez que colocasse todo o resto em segundo plano: a família, os sonhos, relacionamentos, sua reputação…Toda a sua vida poderia ser manchada pela concepção extraordinária do Cristo. Mas, ela considerou tudo isso como secundário perante a possibilidade de servir na chegada de Jesus ao mundo.
Viver à maternidade é um grande desafio para toda mulher, em qualquer idade ou estágio da vida. Além disso, é também um enorme privilégio poder participar da geração de outra vida, zelando pela chegada de outro ser humano na terra. Poder abrigar o desenvolvimento de um ser tão pequenino e amado por Deus é uma dádiva para qualquer mulher.
A chegada do filho vai alterar tudo à sua volta. Para abraçar essa dádiva é preciso prescindir de algumas coisas e entregar-se de corpo e alma para a árdua é maravilhosa tarefa de simplesmente: ser mãe. Maria fez isso, não somente com Jesus, mas também com seus outros filhos que teve com José. A Bíblia diz que Jesus tinha quatro irmãos (Tiago, José, Judas, e Simão) e pelo menos duas irmãs (Marcos 6.3). (Mateus 13.55). Ela, na sua condição limitada, aceitou o desafio da maternidade.
Se você já é ou sonha ser mãe, considere exercer essa oportunidade de forma amorosa e altruísta. Não rejeite seu filho, supondo ser um peso ou entrave na sua vida. Infelizmente, para muitas mulheres, a maternidade tem sido vista como um pesadelo. Mas, para a mulher que aceita essa dádiva com apreço, ser mãe passa a ser um atributo, uma expressão de amor, de renúncia e bondade do próprio Deus.
Quero abraçar minha esposa Milca Porto e minha mãezinha Ana Amélia Porto, em nome de quem quero abraçar todas as mães da Comunidade Vida e do nosso Maranhão e do nosso Brasil.
Indesistivelmente,
Mário Porto,
Vosso conservo em Cristo,
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