Texto do Pr. Ivan Moutinho, publicado na PG do dia 02/05/2021
A ORAÇÃO CESSA QUANDO A FÉ CHEGA AO FIM
1 – E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, 2 – Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. 3 – Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4 – E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 5 – Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. 6 – E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 7 – E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 8 – Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lucas 18:1-8)
Dizem que a justiça de Deus tarda, mas, não falha. Você concorda com isso? Deus agiria tardiamente para com os que o invocam dia e noite por suas necessidades? Esta parábola do juiz iníquo que não teme a Deus e nem respeita os homens, um injusto juiz, contrasta com o supremo caráter de Deus que sempre fará justiça aos escolhidos.
Na verdade Jesus conta uma parábola que tem o único objetivo de ensinar sobre a obrigatoriedade, perseverança e nunca desistirmos de orar.
Queridos, chegou o tempo em que o mundo todo vive o desamparo da lei, pela inexistência do julgamento justo de homens iníquos. O estadista, jurista, escritor e poeta grego Sólon que viveu entre os anos 638 a.C e 558 a.C, já dizia: “iníquos são os corações dos governantes do povo, que um dia padecerão de muitos sofrimentos por seu enorme orgulho, pois não sabem conter seus excessos. Enriquecem com ações injustas, e roubam para si a torto e a direito, sem respeitar a propriedade sagrada ou pública […]”
Desde que o mundo é mundo, os podres do legislativo e judiciários são denunciados em alta voz pelo povo desvalido. Os necessitados tem fome e sede de justiça(Mateus 5.6). Mas o Senhor intervém com a palavra que reanima a alma deste povo que serão fartos da Justiça verdadeira vinda do único Deus Justo e Salvador.(Isaías 45.21)
Sem dúvida, o juiz iníquo padecerá de muitos sofrimentos por causa de suas injustiças contra o pobre desamparado, representado no texto pela viúva que insiste ao juiz em ser justiçada. Ora, se o juiz injusto não se importava com as viúvas, mas foi capaz de fazer justiça, pela insistência daquela mulher, quanto mais o justo juiz de toda a terra (Deus) conhecido por ser o defensor das viúvas e dos pobres, não fará justiça?
Deus executará justiça, em especial quando Jesus vier para julgar o mundo. Deus é fiel à sua palavra e age em defesa do seu povo tanto nos seus atos no presente momento quanto da forma especial no dia do juízo final.
Mais breve do que se possa esperar o Justo Juiz fará justiça àqueles, que clamam de dia e de noite (v.7). Jesus se alegra quando vê a Fé em nós. Pois através da Fé inextinguível e oração perseverante alcançamos a maravilhosa justiça e julgamento de Deus em todas as nossas causas aqui na terra e, também, no Céu. “Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (v.8). É o nosso dever, orar sem cessar e guardar a Fé até o fim. Façamos assim!
Pr. Ivan Moutinho – ibboavista – Timon – MA
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