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Texto da Mary Anne, publicado na PG do dia 02/05/2021

UDO BEM EM NÃO ESTAR TUDO BEM

Mary Anne Aragão Pachêco
IEQ Península – São Luís – MA – Instagram: @maryannearagao

Sentir-se cansado é normal, principalmente quando chegamos ao fim de alguma tarefa ou atividade física que exigem muito esforço físico, mas existe também aquele cansaço que parte de uma dimensão emocional e espiritual que pode nos dar a sensação de esgotamento, abatimento e prostração. A verdade é que temos dias em que estamos cansados de esperar, cansados de correr, cansados do trabalho ou de procurar por ele,
da igreja, da solidão, do casamento, das pessoas, de nós mesmos. Estamos exaustos.
O problema é que crescemos com a obrigação de sermos super heróis, no sentido de não nos permitir errar, de assumir as nossas derrotas, fracassos, e as nossas fragilidades. Fingimos ser sempre vitoriosos, que estamos sempre bem e felizes, e em grande parte os causadores das nossas cobranças diárias são a mídia e a sociedade que exigem que sejamos sempre fortes, bem sucedidos e que estejamos sempre com um sorriso no rosto. Mostrar que erramos, que choramos, que sofremos, que passamos por dificuldades em um ou outro momento, que a tristeza é tão válida quanto a alegria, que não acordamos sempre perfeitos, tão pouco 100% realizado tornou-se um problema gravíssimo e de difícil aceitação. O “bem estar” deixou de ser um caminho pessoal para se tornar uma imposição social. Se mostrar sempre forte é uma exigência que colocamos a nós mesmos e que, por consequência, projetamos para os demais.
Em 2Coríntios 4: 8-9 o apóstolo Paulo diz que “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos”. Sim somos perseguidos, desamparados, abatidos, angustiados, desanimados, pressionados e cobrados para nunca errar ou fracassar. Mas eu pergunto: “Quem consegue vencer o tempo todo?”.
Precisamos deixar de nos submeter a esse estereótipo que exige que sejamos sempre fortes e que jamais devemos mostrar nossas limitações e fraquezas. Precisamos deixar de tentar propagar o nosso sucesso o tempo todo. A psicologia fala que todo excesso esconde uma falta, que sempre que propagamos uma coisa escondemos outra e que os nossos excessos escondem nossas fragilidades e fraquezas. Tudo bem em admitir nossas limitações, faz bem reconhecer os nossos limites, portanto, não devemos nos condenar pelos dias difíceis que inevitavelmente tenhamos que passar. Todos têm seu momento de fragilidade, tem problemas e às vezes se sentem perdidos, mas é preciso abrir os olhos para a vida, parar de viver de ilusões e negar a realidade para manter a aparência de que se é sempre forte. No Reino de Deus, mas vale o que eu sou do que quem eu

mostro, para ele o mais importante é guardar o coração por que dele depende toda a nossa vida, a nossa história.
Todos têm seus momentos de fragilidade, têm seus problemas e as vezes se sentem perdidos, mas todos também têm a capacidade de passar por esses momentos com sabedoria e sair ainda mais forte. A nossa fé cristã não nos obriga a ter uma vida sempre arrumada, livre de problemas e glamurosa, algumas coisas em nossa vida são inevitáveis, portanto, aprenda a conviver com elas.
Não se preocupe e nem se martirize, está tudo bem não estar bem o tempo inteiro.

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