Reflexões: O evangelho que nós criamos.

Não tem sustentação, porque é fruto do autoengano, das nossas carências e percepções equivocadas. O apóstolo Paulo nos advertiu “Ainda que nós mesmo ou um anjo do céu, vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado seja anátema”. Desde o início da proclamação do evangelho o ser humano tem caído na tentação de querer criar um  novo evangelho, que vai além daquele que Jesus Cristo proclamou. No final do primeiro século surgiu os gnósticos, essa corrente filosófica tentou inserir no meio da comunidade cristã um  “evangelho” que  desqualificava o sacrifício de Jesus, ensinavam que o Cristo se apoderou de Jesus no batismo e  na cruz o  deixou, assim o que morreu na cruz foi o homem Jesus e não o Cristo, uma verdadeira dicotomia, menosprezando o sacrifício de Jesus. Por causa desse tipo de ensinamento, os apóstolos combateram de frente as heresias e o falso evangelho. Podemos ver claramente essas advertências nas cartas aos Gálatas, Colossenses, primeira carta de João e carta aos Hebreus. Os irmãos oscilavam querendo voltar ao judaísmo ao agregar muitas coisas que já foram cumpridas em Cristo, queriam costurar o véu do templo que já fora rasgado, isto era uma das maneiras de menosprezar a maravilhosa Graça que Deus nos proporcionou em Cristo Jesus. Hoje estamos enfrentando os mercadores da fé, que propagam um evangelho que não corresponde ao de Jesus. Esse evangelho se estrutura na manipulação gananciosa, agem através do medo e da culpa, se alimentam da ingenuidade dos incautos trazendo no seu bojo o autoengano a partir da barganha transformando Deus no meio para se alcançar o fim. Isso é uma maneira sofisticada de idolatria, servir a deus a partir dos nossos desejos e caprichos. Assim o indivíduo  perde a oportunidade de adorar a Deus em espírito e em verdade. Só existe um evangelho, que é o do Deus encarnado, crucificado e ressuscitado.  É só a partir desta realidade que a estrutura do Evangelho é solidificada na alma.
A  Ele, toda glória.
Pr. Moreira.