Reflexão:
E agora josé?
Quero iniciar esta pequena reflexão com alguns versos do poema de Carlos Drumond de Andrade, musicada por Paulo Diniz, intitulada.
José:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?.
Estamos vivendo momentos sombríos na política brasileira,  a desarmonia dos poderes, a  Câmara e o Senado Federal, estão em um conluio subserviente aos  caprichos do STF. Que agora  faz um  ativismo  ideológico e antidemocrático, nos  fazendo lembrar  a famosa frase de Rui Barbosa. “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”. Assim, viola-se  o estado de direito do cidadão, ameaçando a  nossa liberdade e até o  sagrado direito constitucional de ir e vir. Esse tipo de coisa vem sendo noticiadas na imprensa nacional para todos verem, só não vê quem não quer. Penso que temos que nos posicionar com firmeza contra toda atitude anti-democrática, pois essa vai de encontro ao  estado de direito do  cidadão, nesse sentido temos que defender a liberdade de expressão, com fé, lucidez e coerência, porque a fé no Senhor Jesus não nos afasta dos problemas do mundo, mas nos faz  realistas com esperança. Como expressou Jesus,  bem aventurados são os que tem fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.  Mesmo tendo a certeza que  um dia seremos fartos de justiça, o evangelho não nos dá o direito de sermos passivos diante das injustiças presentes nesse século,  ser do Evangelho é ter Jesus como exemplo maior,  de um ser humano consciente da sua vocação integral,  salvar o homem todo e todo o homem. O seu sacrifício teve como objetivo a  redenção espiritual , social e política, não na perspectiva partidária mas humanitária,  tendo a proclamação do seu Reino como meta principal.  Pois no momento ômega da história, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor.
Para glória de Deus Pai,  se estabelecerá a  normalidade de todas as coisas, esse é o  objetivo último do Reino de Deus, por isso  cada cristão é um realista com esperança e que a última palavra não é a tragédia, mas é o triunfar de Jesus. O cristão vive a partir dessa esperança.
A Ele toda glória.
Pr.Moreira Silva