A ESCOLHA DE DEUS E A MINHA ESCOLHA

“– O SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos;  – Mas, porque o SENHOR vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito.” (Deuteronômio 7.7-8)

O livro de Deuteronômio compõe as escrituras sagradas do Antigo Testamento, autoria atribuída a Moisés, que por volta do ano 1440 a.C, libertou o povo hebreu da escravidão no Egito. Este livro  é o último dos cinco livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cujo significado, se traduz do grego como segunda lei. Podemos, então, compreender que Deus reafirma a sua lei para o povo que ele escolheu para si. Toda lei é feita para ser cumprida e tem força de mandamento. Como hoje nos vemos como cidadãos em nossa nação, ordenados pelas leis municipais, estaduais e federais. Enfim, aqui nos cabe a escolha de cumprir ou não a lei decretada, e decidirmos  acatar ou transgredir.

Pelo simples fato de que o Senhor nos escolhe, Ele manifesta o seu agrado por nós. Mas o que temos em nós de tão especial  que  poderia atrair o favor ou atenção do Senhor? Jesus diz: Não escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi … (João 15.16). Deus não  escolhe você porque  é o melhor entre outras pessoas. Aliás, Deus não faz acepção de pessoas, no entanto ele julga as obras de cada um de nós.(I Pedro 1.17). Afinal, somos feitura de Deus, formados segundo a sua soberana vontade. Só Ele pode julgar, ninguém mais.

Deus escolhe aqueles que são menos. João Batista declara de forma apaixonada: “… importa que Ele cresça e eu diminua”, referindo-se apaixonadamente a Cristo, o Filho de Deus. A principal condição para sermos o objeto da escolha de Deus é quando nos tornamos pequenos diante Dele, como o profeta Jeremias confessa (cap1, vs.6),  “Ah, Senhor Deus! Não sei falar, não passo de uma criança..”Aos pequeninos pertence o reino dos céus.

A escolha de Deus tem como fundamento o amor com que ele nos amou. A Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16).  A questão é a seguinte: Se sou amado por Deus, então, é lógico a mim cabe corresponder ao amor de Deus como o meu amor por Ele. É só minha a decisão.Então, amar não é sentimento da emoção, mas decisão do pensamento, é puro exercício do raciocínio. Na oração de São Francisco diz: Ó mestre, fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado; E é morrendo que se vive para a vida eterna. Isto é racionalização. É decisão! Quem decide amar a Deus torna-se livre verdadeiramente. Irá desfrutar da melhor qualidade de vida ainda nesta terra e expectativa de herdar a eternidade e morar com Jesus. Quem decide amar tem maior alegria na alma, será bem sucedido e em tudo prosperará, conforme a vontade de nosso Pai que está no Céu.

O Senhor livra e resgata. Jesus nos liberta da servidão e pagou o preço do resgate pelo nosso pecado, e, sendo Deus, perdoa a todos os nossos erros de uma vida inteira. Basta cumprir em obediência o seu mandamento de amor. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (João 14.21). Deus por amor te escolheu, você aceita corresponder a esse maravilhoso amor?

Pr. Ivan Moutinho – ibboavista – Timon-MA