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Lothar Gassmann – Vivendo Nesta Terra Maldita

“E ao homem declarou: ‘… maldita é a terra por sua causa…’” (Gênesis 3.17)


Se voltarmos ao início da Bíblia, veremos que o mundo era “bom” e que o homem era “muito bom” quando foi criado por Deus (Gênesis 1). Não havia sofrimentos na situação original do Paraíso. As pessoas viviam em agradável comunhão com Deus e com todas as criaturas. O mesmo acontecia com as criaturas entre si: nenhuma devorava a outra. Havia paz e harmonia.

No entanto, em seguida apareceu uma interferência nessa harmonia: Satanás, tomando forma de serpente, assediou as pessoas, tentando seduzi-las a se afastarem de Deus. Em Gênesis 3 lemos o relato sobre isso. E ali está a raiz de todo o sofrimento. Satanás apresentou uma tentação quádrupla ao homem: (1) queria induzi-lo a se considerar igual a Deus, (2) proporcionar-lhe a ampliação do conhecimento, (3) sugerir a imortalidade mesmo com a transgressão aos mandamentos de Deus, bem como a (4) inclusive questionar a Deus e seus mandamentos (ver Gênesis 3.1-5).

A consequência não foi a glorificação, o conhecimento e a imortalidade; foi a dificuldade, o sofrimento e a mortalidade.

Essa tentação quádrupla – principalmente a de querer ser igual a Deus – levou o homem a se emancipar de Deus. O pecado aconteceu e houve separação. A consequência, no entanto, não foi a glorificação, o conhecimento e a imortalidade que Satanás, em forma de serpente, prometeu (com essas mentiras ele conseguiu aliciar o homem); foi a dificuldade, o sofrimento e a mortalidade que se abateram sobre toda a criação com o juízo divino: a serpente foi “amaldiçoada” por Deus, a mulher dará à luz filhos “com sofrimento”, e ao homem Deus disse: “… maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará” (Gênesis 3.17-19).

Temos aqui a menção clara do sofrimento relacionado ao ser das criaturas, como por exemplo as dores de parto, a estrutura da criação ligada às dificuldades, a efemeridade e a morte. O estágio anterior à morte é a enfermidade. A morte é o último degrau daquilo que evolui a partir da fraqueza, enfermidade e decadência da criatura terrena.

Devemos lembrar: o mundo que foi criado era bom, mas o pecado do homem, a separação do Deus vivo, o querer-ser-igual-a-Deus tornou-se a raiz do sofrimento. O paraíso foi vedado. A imperfeição, a enfermidade e a morte entraram no mundo. Satanás, o príncipe deste mundo, fez valer a sua influência – e o faz até hoje.

O querer-ser-igual-a-Deus tornou-se a raiz do sofrimento.

Assim, a raiz do sofrimento está no pecado do homem. Contudo, Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo para nos libertar do pecado. Ele venceu Satanás, este que pretendia nos arrastar para a perdição. É verdade que ainda sofremos no mundo, porém, todos os cristãos verdadeiros podem se alegrar esperançosos pela glória junto de Deus, o Pai. Essa esperança já nos proporciona, aqui e agora, a força para suportar o sofrimento. Oremos:

Senhor, nosso Deus, há tanto sofrimento neste mundo! Mas foi para este mundo sofrido que enviaste teu Filho, Jesus Cristo. Muito obrigado que Jesus morreu em nosso lugar. Muito obrigado que Satanás, o pecado e a morte foram derrotados na cruz do Gólgota. Senhor, concede-nos a força para podermos viver movidos por essa vitória do Gólgota e para enfrentarmos o sofrimento. Amém.

 

Lothar Gassmann

Fonte / chamada.com

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