A insatisfação humana

Ao rompermos com a nossa essência (Deus) nos tornamos seres desejantes carregando o sentimento de orfandade cósmica, por isso toda nossa tentativa de exercer o mandato cultural não tem se concretizado.
Criou-se desde sempre ideologia, projetos econômicos e sociais a fim de suprir essa  crise de finitude diante do desafio da época. Em algumas coisas evoluímos em outras regredimos, somos contraditórios em nossa maneira de ser. Por esta e por outras razões, para o cristão, nenhum sistema político ou  econômico está à altura de dar respostas aos anseios da humanidade, mesmo as ideologias da nossa época como socialismo e  capitalismo são  incapazes de dar resposta a toda realidade humana, por vivermos num estado permanente de rebelião e acharmos que temos as respostas.  Diante deste dilema, nos afundamos cada vez mais.
As escrituras nos dizem que na plenitude dos tempos Deus enviou Jesus, seu filho, para estabelecer uma nova realidade na humanidade a partir da sua pedagogia ao expressar:  “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” A partir desta promessa o cristão se orienta na história, por ter a consciência de que os pobres são vítimas involuntárias da injustiça, alterando o projeto de Deus.
Um dia, porém, Deus enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas. Enquanto esse dia não chega continuaremos lutando pela justiça, carregando a esperança viva, por sermos filhos da ressurreição. Assim, a justiça e a paz irão triunfar para todo o sempre.
É baseado nesta realidade que o evangelho tem a sua singularidade diante das demais propostas para humanidade. O Evangelho é uma utopia possível pelo simples fato de Jesus ter ressuscitado; Este é o segredo da singularidade do evangelho do Senhor Jesus.

A Ele toda glória.

Pr. Moreira.