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Governo Federal inaugura em Goiás trecho da Ferrovia Norte-Sul

Presidente Bolsonaro e ministro Tarcísio de Freitas participaram da cerimônia, que marca ligação do estado com o Porto de Santos

 

O presidente Jair Bolsonaro inaugurou, nesta quinta-feira (4), a Ferrovia Norte-Sul (FNS), trecho entre São Simão/GO e Estrela D’Oeste/SP. A solenidade marcou o início da operação do corredor ferroviário ligando o estado de Goiás ao Porto de Santos. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou da cerimônia, realizada no terminal de São Simão/GO.

Esse trecho da FNS possui 172km, corta três estados e é operado pela Rumo, que investiu R$ 711 milhões, incluindo a construção de uma ponte ferroviária de 530m sobre o Rio Paranaíba. A concessionária arrematou, em leilão de março de 2019, os tramos central e sul. A proposta econômica da companhia, na ocasião, foi de R$ 2,7 bilhões, ágio de 100,92% em relação ao valor de outorga mínimo estabelecido pelo Governo Federal. Antes de a Rumo vencer o leilão, se encontrava em operação apenas o tramo norte, entre Açailândia/MA e Porto Nacional/TO.

Com duração de 30 anos, o contrato da Rumo compreende 1.537 quilômetros da Malha Central, entre Porto Nacional/TO e Estrela D’Oeste/SP, que estarão 100% operacionais até o fim de julho próximo. O ministro da Infraestrutura destacou a importância dos investimentos em ferrovias, que vão aumentar de 15% para 35% a participação do modal na matriz de transportes brasileira nos próximos anos e dinamizar a economia. “Não tem como não acreditar no Brasil, um país que literalmente está entrando nos trilhos”, disse Tarcísio de Freitas, durante a solenidade.

ESPINHA DORSAL – A Ferrovia Norte-Sul, cujo projeto foi anunciado ainda durante o Governo José Sarney (1985-1990), foi desenhada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional. Segundo uma projeção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a demanda potencial da Norte-Sul é de movimentar 22,73 milhões de toneladas de cargas até 2055.

Para começar a torná-la operacional, foram investidos no ano passado mais de R$ 700 milhões em obras de infraestrutura, incluindo a construção de quatro pontes entre os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo; um pátio de ligação em Estrela D´Oeste; e a implantação dos trilhos que restavam para conectar esses três estados.

A Malha Central terá papel estratégico, pois permite o acesso a novos mercados e aumenta a eficiência do atendimento prestado pela concessionária aos clientes, agregando novos terminais de transbordo. Três terminais foram projetados para atender a região sudoeste de Goiás, o leste de Mato Grosso e o Triângulo Mineiro, localizados nas cidades de São Simão/GO, Rio Verde/GO e Iturama/MG. O Terminal de São Simão é o primeiro a ficar operacional. Em Rio Verde, a previsão é que a inauguração seja no final deste primeiro semestre, e, em Iturama/MG, no final do primeiro semestre de 2022.

Hoje, Goiás é considerado o grande polo gerador de cargas da Malha Central. Por isso, a operação se inicia pelo sul do estado, que produz farelo de soja para atender o mercado interno e o externo. Além do terminal de São Simão, o de Rio Verde, previsto para ser entregue ainda neste primeiro semestre, vai atender também o leste de Mato Grosso. A região produz cerca de 12 milhões de toneladas de grãos e se beneficiará de uma logística mais eficiente. Nesse cenário, o Porto de Santos/SP, ligado à FNS via Malha Paulista, é altamente estratégico para exportar os grãos.

O terminal de São Simão será utilizado para o transbordo de grãos (soja e milho) e farelo de soja. A capacidade é de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano. São quatro tombadores e seis silos, com 42 mil toneladas de capacidade estática. O terminal conta ainda com uma tulha de carregamento, com capacidade para carregar 3 mil toneladas por hora, o que permite encher um trem com 120 vagões em menos de oito horas. Durante a construção do terminal foram gerados 290 empregos diretos e mais de 1 mil indiretos. Com o início da operação, serão 90 empregos diretos, além de grande influência na economia regional.

Foto: Ricardo Botelho/Aescom MInfra

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura

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