Texto do Roberto Veloso, publicado na PG do Jornal Pequeno do dia 17/01/2021
A CIRCUNCISÃO DE JESUS
“Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de Jesus, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido.” (Lucas 2:21)
Jesus era judeu e cumpriu toda a lei judaica, sendo circuncidado ao oitavo dia. Sua mãe, Maria, e seu pai, José, que o criou, eram judeus. A circuncisão é um instituto judaico instituído por Deus a Abraão e cumprido por todos os que nascem judeus ou aderem ao judaísmo. A circuncisão acompanha o povo judeu até os dias atuais.
“Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós.” (Gênesis 17:10,11)
Quando Jesus veio ao mundo e começou o seu ministério, o seu alvo eram os judeus. Viveu no meio deles e converteu, com a sua pregação e comportamento, o coração de muitos a Deus. Os primeiros foram os seus discípulos, todos judeus, representando as doze tribos de Israel, apesar de não serem oriundos de tribos diferentes.
Sendo judeus, todos eram circuncidados, essa era a lei que deveria ser cumprida. Quando houve o sacrifício, morte e ressurreição de Jesus, a partir do fenômeno do batismo pelo Espírito Santo ocorrido no dia Pentecoste, quando os seguidores de Cristo passaram a falar em línguas compreensíveis por outros povos, o evangelho começou a ser difundido entre os gentios, que somos nós.
A conversão dos gentios a Deus, tornando Jesus Cristo Senhor e Salvador de suas vidas, trouxe uma discussão a respeito da circuncisão, porque muitos entenderam que a conversão estava se dando ao judaísmo.
Havia, de fato, uma alegria muito grande pelo poder da conversão que fazia o Espírito Santo e cada vez mais gentios adoravam a Deus, por intermédio de Jesus. Alguns fariseus que tinham acreditado passaram a exigir a circuncisão dos novos cristãos e isso gerou uma contenda entre os apóstolos, tendo sido realizado o primeiro concílio, o de Jerusalém, tendo como resultado o que está escrito:
“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.” (Atos 15:28,29)
O apóstolo Paulo, judeu de nascimento, circuncidado ao oitavo dia, da tribo de Benjamin, educado aos pés de Gamaliel, foi um dos que defenderam a desnecessidade da circuncisão do prepúcio, mas a sim do coração.
“Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:29)
A circuncisão do cristão é no coração, que deve estar completamente entregue, assim como a alma e o entendimento, a Deus, por meio de seu filho unigênito Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
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