Mês de puro sofrimento
25/11/2020 13h36 Olé Maradona
Em 30 de outubro, dia de seu 60º aniversário, ele foi mal visto na Floresta. Como pôde, caminhando auxiliado por duas pessoas, foi à quadra de ginástica no duelo anterior contra o Vélez para ser homenageado por Chiqui Tapia e Marcelo Tinelli. Ele recebeu as homenagens e não pôde continuar, então tiveram que levá-lo de volta para casa. E 2 de novembro foi o pontapé inicial do trágico novembro de Diego Maradona.Na fatídica segunda-feira do início do mês, tomamos o café da manhã com a notícia de que El Diez fora transferido para uma clínica de La Plata. “Uma queda de humor que afetou sua dieta, mas nada mais”, resumiu seu clínico geral Leopoldo Luque. Mas o assunto tornou-se mais antigo quando um dia depois ele teve que ser transferido em uma ambulância médica suíça para a Clínica Olivos, onde à noite uma intervenção foi agendada em sua cabeça para um hematoma subdural.
Com o que ele foi diagnosticado? É uma espécie de coágulo na cabeça, produzido por ruptura traumática de vasos venosos que cruzam o espaço subdural. Em termos mais científicos, é um acúmulo de sangue e produtos de degradação do sangue. O sangue vaza das veias e cria uma bolsa que se projeta e pressiona o cérebro. Se for muito grande, pode ferir ou rasgar o tecido cerebral próximo.
“A cirurgia terminou com sucesso, durou 80 minutos. O procedimento correu normalmente e sem complicações”, informou Olé às 22h30 daquele dia, nos arredores de Maradona.
Em 11 de novembro, e após oito dias de internação, Diego recebeu alta e foi para uma casa em Nordelta para continuar sua recuperação. A partir daquele momento não houve mais notícias sobre seu estado de saúde até o dia fatídico em que o pior se conheceu. Naquela cidade, Maradona sofreu uma parada cardíaca e não pôde ser reanimado . Foi um mês repleto de problemas de saúde que terminaram da pior forma.
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