“O pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu. ‘Tudo sem sentido! Sem sentido!’, diz o mestre. ‘Nada faz sentido! Nada faz sentido!’” (Eclesiastes 12.7-8)

O que é a vida? Hoje são oferecidas diversas respostas. Uma delas diz que a vida é um estágio de passagem no nada. O homem provém do nada e vai para o nada. Sua vida não tem nenhum valor. Essa é a resposta do niilismo (vem de “nihil”, que em latim significa “nada”), a resposta de uma concepção de vida e filosofia que muitas pessoas defendem.

Tal concepção de vida se desespera diante da suposta falta de sentido da existência. Ela não tem nenhuma esperança, nenhuma expectativa para a continuidade da vida após a morte. Para ela também a vida aqui não tem valor, porque ela termina no “nada”. Por isso ela não conhece os padrões de valor absolutamente válidos ou mandamentos, nenhuma restrição moral ou consideração. Pessoas que vivem desse modo dizem: “Aproveita ao máximo tudo que você consegue. Não tenha consideração com os outros, pois amanhã você estará morto”.

A essência do niilismo surgiu a partir do ateísmo, da concepção de que Deus está morto. Em que o homem de Deus pode se sustentar? Em si mesmo? Então ele vai reconhecer apenas sua transitoriedade. Quem não conhece a Deus termina no “nada”.

Quando Deus não existe, também não existe a dignidade de uma criatura de Deus que deva ser respeitada.

Há uma outra resposta semelhante a essa. É a resposta do materialismo. Este diz que o homem é constituído de matéria e se transforma em matéria. Ele é composto de átomos e se dissolve em átomos. Átomos, de fato, não são nada. Mesmo assim, para o início e o fim dessa pessoa temos – o nada! Se ela não for mais do que um ajuntamento de átomos, então ela realmente é “nada”.

Você já sabia que o comunismo representa essa figura humana? Ele considera a pessoa como uma pequena roda no mecanismo de uma economia planificada e que deve funcionar apenas mecanicamente. No comunismo – assim como também no materialismo – a vida do indivíduo não possui valor algum.

Poderíamos continuar olhando uma concepção de mundo após a outra – e concluiríamos: em cada uma delas em que Deus foi excluído, o valor do homem também é excluído. Em cada concepção de mundo que não atribui valor para Deus, também a pessoa não tem valor. Quando Deus não existe, também não existe a dignidade de uma criatura de Deus que deva ser respeitada. É possível viver desse modo? Não. O que o homem de fato é – relacionando à doutrina bíblica – é expresso resumidamente no seguinte aforismo:

Espírito molda matéria.
Matéria carrega espírito.
Imagem espiritual em forma material.
Criação vinda de Deus.

Lothar Gassmann