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Texto do Rev. Mario Porto – Pagina Gospel do Jornal Pequeno do dia 11/10/2020

VIVA ESPERANÇA

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor…(1 Coríntios 13.13).

A esperança é uma das três virtudes da teologia; ao lado da fé e do amor. Rima com confiança, termo que deriva da fé: quem acredita, espera; e quem espera, acredita. Esperar é confiar.

Para Jesus, a esperança se colocava lá na frente, no Reino de Deus, que marca o fim e a plenitude da história. Paulo apóstolo de Cristo, declarou: Cristo em vós, a esperança da glória.
Hoje em dia, a esperança tem conotação secular – a utopia. É curioso observar que, antes do Renascimento, quase não se falava em utopia.
Para o cristão, a utopia do Reino de Deus supera as utopias seculares, sejam elas políticas, técnicas ou científicas. Espera-se, neste mundo, a realização plena das promessas de Deus, o que plenifica e transfigura o mundo. Assim, à luz dessas promessas elencadas na Bíblia, o cristão mantém sempre uma postura crítica diante de toda realização histórica, bem como modelos utópicos. Em outras palavras, quem espera em Cristo tem sua fé fortificada.

A esperança se baseia na memória. Quem espera, rememora e comemora. Nosso Deus não é um qualquer do Olimpo politeísta. É um Deus que tem história e faz memória: Javé, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. É essa memória que alimenta a consciência crítica, ciência da diferença. Pois a “utopia cristã”, sustenta-se na promessa de Deus. Por isso, a esperança cristã não teme o negativo, as vicissitudes históricas, o fracasso. É uma esperança crucificada, que se abre à perspectiva da ressurreição.

Na esperança, nós já fomos salvos. Ver o que se espera já não é esperar: como se pode esperar o que já se vê? Mas, se esperamos o que não vemos, é na perseverança que o aguardamos (Romanos 8.24-25). Como diz na Carta aos Hebreus, a fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se veem. (11.1). “Se a fé vê o que existe, a esperança vê o que existirá”.

A esperança é o caminhar na fé para o seu objetivo. A fé nos dá a certeza de que Jesus venceu a morte; a esperança, o alento de que venceremos os sinais de morte: a injustiça, a opressão, o preconceito e por aí vai. Por isso, o caminhar é entrecortado de dúvidas e dores, conquistas e alegrias, mas sabemos que, ao trilhar as sendas do amor, temos Deus como guia.

Indesistivelmente,

Vosso conservo em Cristo,

Mário Porto.

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