Texto da Mary Anne, publicado na PG do dia 27/09/2020
Mary Anne Aragão Pachêco
IEQ Península – São Luís – MA – Instagram: @maryannearagao
Saber, agir e prevenir
Estamos chegando ao final do mês de Setembro, o mês que o mundo inteiro destinou à Prevenção e o Combate ao suicídio. Isso se fez necessário pela quantidade de suicídios que são cometidos no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3 mil pessoas cometem suicídio diariamente no mundo, ou seja, a cada 40
segundos um caso é registrado. Em 2019 mais de 13.467 pessoas se suicidaram no Brasil, isso sem falar dos casos de pessoas que atentaram contra a própria vida e não obtiveram o resultado morte.
Inúmeros são os fatores que levam uma pessoa a cometer suicídio, mas a depressão é o maior deles. Ela pode vir depois da perda de um emprego, de um ente querido, do rompimento de um relacionamento amoroso, da orientação sexual do indivíduo que na grande maioria das vezes não é aceita pela família e nem pela sociedade, e até mesmo por questões espirituais. Sim, a depressão é também uma doença espiritual, apesar de muitas pessoas quererem ignorar esse fato. Contudo, é importante frisar que somente a fé não é resposta para depressão e nem mesmo a igreja sozinha é suficiente em alguns casos, existem casos em que se torna preciso buscar ajuda médica, terapêutica e medicamentosa. Sabemos que Jesus é o médico dos médicos, mas não devemos negligenciar e nem desconsiderar em hipótese nenhuma a importância de psiquiatras, psicólogos, terapeutas, como também a importância de buscar ajuda espiritual.
Em vários momentos da vida, algumas pessoas podem pensar em suicídio por não encontrarem saída para os problemas que os afligem. Sentem-se sem esperança e uma grande angústia que vem acompanhada de um grande complexo de inferioridade, baixa autoestima, e muitas vezes se sentem imprestáveis, chegando a dizerem para si mesmas: “Vou tirar minha vida, afinal de contas, ninguém sentirá minha falta mesmo”,
e assim se privam do direito de viver.
“E entrou no deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou pedindo sua morte. “Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados.” (1Reis 19: 4). De acordo com este versículo podemos ver que até o profeta Elias foi tomado de angústia, desespero, incapacidade ao sofrer ameaças de morte da rainha Jezabel, chegando ao ponto de desenvolver um quadro depressivo e desejar a sua própria morte. Diante desse quadro vemos que quem intenta contra sua própria vida não quer realmente morrer, geralmente só quer se livrar do mal que o está afligindo ou do sofrimento que ela imagina estar causando aos outros.
O nosso papel como cristão não deve ser o de julgar e nem fazer acusações, mas tentar ajudar essas pessoas que estão passando por esse tipo de problema e evitar que o
suicídio venha acontecer, mostrando que mesmo que elas se sintam abandonadas, desvalorizadas, angustiadas, com a sensação que ninguém se importa com elas ou mesmo se sentindo um fardo, isso não é verdade. Converse com ela, mas evite usar as seguintes frases que geralmente vem na nossa cabeça, do tipo: “ah, mas você tem a vida boa, você é muito jovem, tão bonito, tem o futuro promissor”. Isso não funciona para quem está com a ideia muito forte na cabeça. Mas mostre que ela é a obra prima que Deus projetou e assim como Ele falou para Jesus, Ele fala para ela: “Este é meu Filho amado, em quem muito me agrado”. Mateus 3:17.
Lembre-se que a vida é Dom de Deus, que só o próprio criador pode conceder e tirar. Independentemente de sua crença, a vida é algo muito importante, não é preciso ficar sofrendo ou se sentido abandonado, e você não será mais fraco ou mais forte por pedir ajuda. Caso você que está lendo este artigo tenha conhecimento de alguém que esteja passando por essa situação, ampare, converse e mostre que ninguém está sozinho e que sempre existirá alguém que quer socorrê-la.
Fique na paz do Senhor!
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