Texto do Pr. Mario Porto publicado na PG do dia 16/08/2020
“Quando o Senhor restaurou sorte de Sião, ficamos como quem sonha”.
Podemos dividir o Salmo 126 em quatro partes: Júbilo, Gratidão, Oração e Confiança.
A surpresa feliz. Quando foi promulgado o decreto de Círo, os exilados dificilmente poderiam acreditar naquilo que viram e ouviram. Parecia-lhes que estavam no meio de um sonho de felicidade. Tudo parecia “bom demais para ser verdade”. Não se tratava de falta de fé em Deus; era apenas a lentidão em se acomodarem à nova situação melhor emergente tão repentina que não estavam em condições de saber como agir nas circunstâncias novas.
Êxtase do regojizo. “Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo”. Os orientais demonstraram mais emoções do que os ocidentais. Choram quando estão decepcionados, sorriem quando estão contentes, e gritam de felicidade. Seja qual for o seu temperamento, porém, você pode sentir o júbilo da salvação quando recebe uma libertação de Deus.
Gratidão e testemunho. Então entre as nações se dizia: Grandes cousas o Senhor tem feito por elas. Com efeito, grande coisas fez o Senhor por nós; por isso estamos alegres”. Os exilados livres do cativeiro na Babilônia, e que ecoavam nos desertos que atravessavam, eram o testemunho diante das nações pagãs de quão grandes coisas Deus fizera em prol do seu povo. A volta de Israel à sua terra ensinava aos pagãos que o Deus de Israel era um Deus misericordioso, que equaliza a graça, justiça, e o amor. Deus restaurou seu povo porque tinha um propósito para ele no mundo; proclamar a Palavra de Deus e preparar o caminho para o Salvador.
Oração. A mudança pela qual os exilados passaram era muito grande. Nenhuma mudança, grande ou pequena, pode nos deixar sem trabalho a fazer, porque todas as mudanças são incompletas, e cada uma delas exige de nós novas provações e novas capacidades para a resistência. Assim sendo, a parte de júbilo passa a se misturar com orações: “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe”. Nas terras áridas do sul de Israel (o Neguebe), pode-se ver os leitos secos de muitas torrentes. Então, vão começando as chuvas, e logo aparecem pequenos fios de água correndo no meio do leito seco.
Confiança. O pequeno grupo de exilados que voltavam para restaurar a terra desolada estavam “semeando com lágrimas”. Labutavam no meio das ruínas da sua antiga pátria e em face de inimigos cínicos e cruéis.
Tempos felizes da colheita. “Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. As sementes espirituais lançadas e regadas com lágrimas não serão perdidas. Toda obra espiritual feita com amor, resiliência e gratidão, revelará seus frutos.
Nada será em vão.
Indesistivelmente,
Vosso conservo em Cristo,
Mário Porto,
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