Texto do Pr. Carvalho, publicado na PG do dia 16/08/2020
O SERMÃO DO MONTE CONTINUA FALANDO DOS RELACIONAMENTOS
No capitulo sete de Mateus Jesus continua falando, agora em parágrafos isolados diferentemente como falou em uma sequencia lógica nos capítulos cinco e seis, mas podemos perceber um canal de ligação que norteia todo o capítulo – os relacionamentos. Esses relacionamentos são destacados de forma solta, porém, contundentes dentro da comunidade cristã. Ora, isso obedece, mesmo em parágrafos aparentemente isolados, uma lógica do que Jesus falou anteriormente – caráter, influência, justiça, piedade e a ambição do cristão. Então, podemos destacar o registro feito por Jesus nos relacionamentos aos quais somos atraídos… São eles apresentados um por um e o primeiro é em relação a proibição do JUÍZO TEMERÁRIO – Mateus 7. 1 – 2.
O JUÍZO TEMERÁRIO
Nós não somos perfeitos mesmo nos declarando, e de fato sendo cristãos. Somos cheios de imperfeições e quase sempre nos deparamos longe das coisas espirituais, basta olhar e perceber onde, como, com quem, o que fazemos e de como nos comportamos nos relacionamentos no decorrer de grande parte do nosso dia. Estamos afogados em atividades meramente humanas em meio a mentes diversas e perversas, inclusive a nossa… E é nesse contexto que nos deparamos com os erros dos outros (costumeiramente não olhamos para o nosso), com o agir mal do próximo, com as tensões e com os problemas de relacionamentos. Jesus não pressupõe que a comunidade cristã esteja imune aos problemas, e por causa de tais situações controversas, ele nos trás o ensino para que não sejamos juizes – “Não julgueis para que não sejais julgados. São palavras fora do contexto dos tribunais legais, mas sim dos relacionamentos individuais. Mas também Jesus não esta abolindo o nosso senso de julgar valores – o bem e o mal, o certo e o errado, pois ele não exaltaria a hipocrisia de fecharmos nossos olhos no abandonar os conceitos de tudo que acontece fora dos padrões divinos . Na verdade, o que Jesus está proibindo com “não julgueis” é a nossa presunção de querermos ser Deus, então Ele está dizendo para nós: NÃO CENSUREIS. Você não é juiz no sentido de censurar, essa é a insensatez pela qual você condena as pessoas, as joga no lixo, as maltrata, as torna indignas e as mata para os relacionamentos interpessoais. Lembremos as palavras de Paulo aos romanos: “Quem és tu que julgas o servo alheio?… (Rm. 14. 4) e o mesmo apostolo, ao se deparar com difamadores hostis disse: “… nada julgueis antes do tempo…“ O sentido do ensino de Jesus e das palavras de Paulo é que não devemos nos comportar como juízes – O Senhor é o Juiz – só Deus tem essa prerrogativa, pois Ele sabe todas as coisas. Jesus ainda nos alerta que seremos julgados por julgarmos (censurarmos) os outros – “Não julgueis para que não sejais julgados”. Isso certamente se dará com mais rigor. O Problema é que não nos seguramos e logo, sem demostrar compaixão, amizade, sinceridade, verdade, generosidade e acima de tudo, amor, levantamos o dedo riste para aplicar uma condenação da qual não temos autoridade… Como diz Sttot, “renunciemos à ambição presunçosa de sermos Deus, colocando-nos na posição de juízes”. Somos miseráveis quanto tantas outras pessoas, portanto, o dedo precisa descansar da riste no apontar presunçosamente ao nosso próximo.
Bom dia a todos, Deus nos controle no nosso juízo temerário…
Pr. Raimundo de Carvalho Noronha Araújo Segunda Igreja Batista No conjunto SACI Teresina-PI
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