Image REUTERSExplosão na capital do Líbano forma uma nuvem de poeira
Segundo  a AFP, a explosão deixou dezenas de feridos

Uma forte explosão atingiu a região portuária da capital do Líbano, Beirute, nesta terça-feira (4/8).Vídeos mostram uma enorme nuvem em formato de cogumelo sendo formada após a explosão, além de uma grande destruição.

A agência de notícia Reuters diz que pelo menos dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão, segundo fontes de segurança do Líbano. Os números de mortos e feridos são preliminares e devem ser atualizados.

As causas da explosão ainda não foram esclarecidas, mas há relatos de que poderia ter sido um acidente. A Agência Nacional de Notícias do Líbano relatou que ocorreu um incêndio em um depósito de explosivos no porto antes da explosão.

Fotos mostram que dezenas de quilômetros foram atingidos e diversos incêndios ainda estão sendo apagados pelos bombeiros. Relatos dão conta de que prédios balançaram e vidros quebraram a dezenas de metros do local — aparentemente diversos edifícios sofreram danos estruturais.

O ministro da saúde do Líbano, Hamad Hasan, falou que há muitos feridos e que o estrago causado pelo episódio foi extenso.

A Cruz Vermelha no Líbano disse que está recebendo milhares de chamadas em seu número de emergência e pediu para que apenas liguem para o número em casos graves.

Hospitais estão recebendo dezenas de pessoas atingidas pela explosão.

Um médico do hospital St. Joseph, a menos de 2km da explosão, disse ao jornal britânico The Guardian que dezenas de pessoas que estavam sendo trazidas para serem tratadas não puderam ser atendidas porque o hospital tinha sido destruído.

“Estão trazendo pessoas, mas não podemos tratá-las. Estão deixando-as fora, na rua, porque o hospital está destruído, o Pronto Socorro foi destruído”, disse ele.

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Momento de tensão

O episódio aconteceu em um momento delicado para o país, quando o colapso econômico está reacendendo antigas tensões políticas. Diversas manifestações têm tomado as ruas nos últimos dias contra a forma como o governo tem lidado com a crise econômica, que é a pior desde a guerra civil (entre 1975 e 1990).

O país também aguarda ansiosamente um julgamento, na sexta, sobre a morte do ex-primeiro-Ministro Rafik Hariri em 2005. Os suspeitos do assassinato, feito com um carro bomba, serão julgados por um tribunal da ONU nesta semana.

Também há tensão na fronteira com Israel. O país vizinho afirmu semana passada que impediu uma tentativa do grupo político e paramilitar Hizbollah, sediado no Líbano, de se infiltrar em território israelense.

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