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Texto do Pr.Mario Porto – publicado na PG do dia 02/08/2020

“POR QUE UM DEUS DE AMOR PERMITE O SOFRIMENTO NO MUNDO ?

Talvez haja no mundo quem nunca tenha passado por alguma experiência dolorosa. Não conheço ninguém assim, e creio que nenhum leitor alegaria pertencer a tal categoria. Essa experiência humana universal, tem feito muitas pessoas questionarem a existência de um Deus de amor.

Nas palavras de C. S. Lewis, em “O Problema do Sofrimento”, editora Vida, a alegação apresenta-se assim: “Se Deus fosse bom, desejaria fazer suas criaturas perfeitamente felizes, e se fosse onipotente seria capaz de fazer o que desejasse. No entanto, as criaturas não são felizes. Portanto, Deus não tem nem bondade nem poder. Existem várias respostas para este dilema. Algumas são mais fáceis de aceitar do que outras.

Primeiramente, reconheçamos que uma grande parcela do nosso sofrimento e do de nossos semelhantes origina-se do que fazemos uns aos outros. Foi a humanidade, não Deus, quem inventou às facas, os arcos e flechas, as armas, às bombas e todas as formas e instrumentos de tortura utilizados ao longo das eras. Não se pode culpar Deus pela tragédia de ter filhos jovens mortos por um motorista embriagado, de um homem inocente perecer no campo de batalha ou uma moça ser atingida por uma bala perdida em uma área de uma cidade moderna dominada pelo crime. Afinal de contas, de algum modo, recebemos o livre arbítrio, a capacidade de fazer o que temos vontade. Com frequência, usamos essa capacidade para desobedecer a lei moral. E, ao agirmos assim, não podemos jogar em Deus a culpa pelas consequências. Deveria Deus, então, restringir nosso livre arbítrio a fim de evitar esse tipo de comportamento ruim ?

Nessa linha de pensamento encontra-se, depressa, um dilema do qual não existe uma fuga racional. Se você optar por dizer: Deus pode dar o livre arbítrio a uma criatura, e, ao mesmo tempo, retira dela esse livre arbítrio, não consegue dizer nada a respeito de Deus. Combinações de palavras sem sentido não adquirem sentido de uma hora para outra, porque colocamos antes delas duas outras palavras: “Deus pode”.

O apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos Roma declara: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8.18).

O tempo é hiper complexo. Continuaremos discorrendo na próxima semana.

Gratidão pela leitura,

Um forte abraço e força sempre,

Indesistivelmente,

Vosso conservo em Cristo,

Mário Porto,

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