Texto do Rev. Hernandes Dias Lopes – reproduzido na PG do Jornal Pequeno do dia 21/06/2020
Como experimentar a vontade de Deus
O apóstolo Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis vossos corpos como sacrifício vivo, santo e, agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Depois de expor sobre a gloriosa salvação que recebemos pela fé em Cristo, Paulo insta a igreja para demonstrar essa verdade através de uma vida de consagração. Nossa consagração a Deus é uma resposta ao seu amor, uma reação à ação da sua misericórdia dispensada a nós. Na antiga dispensação os animais do sacrifício iam arrastados ao altar, involuntariamente, mas nós devemos voluntariamente oferecer o nosso corpo a Deus como um sacrifício vivo, santo e agradável. Nosso corpo foi comprado pelo sangue de Cristo; é morada do Espírito e habitação de Deus. Portanto, deve ser oferecido a ele como um sacrifício vivo. Nosso corpo não é destinado à impureza, por isso sua entrega precisa ser um sacrifício santo. Nosso corpo é para o Senhor e por isso, seu sacrifício precisa ser agradável, ou seja, sem mácula. O apóstolo Paulo diz que essa consagração é que constitui o nosso culto racional. A palavra “racional” significa lógico, coerente, autêntico. O culto que agrada a Deus é aquele onde há coerência e consistência entre o altar e o trabalho, entre o templo e o lar, entre a adoração e a vida. O culto que prestamos a Deus no altar é vazio de significado se não é acompanhado por uma vida de obediência e fidelidade a Deus (Is 1.15; Am 5.21-23; Ml 1.6-10).
2. A inconformação (Rm 12.2)
O apóstolo Paulo diz: “E não vos conformeis com o presente século…” (Rm 12.2). O crente não vive numa bolha espiritual, mas no mundo. Ele foi salvo do mundo, está no mundo, mas não pertence ao mundo. Os valores do mundo não são mais os seus valores. A ética do mundo não é mais a sua ética. O crente tem, agora, a mente de Cristo. Conformar-se com o mundo é adaptar-se ao seu sistema. É se com o mundo é adaptar-se ao seu sistema. É abraçar seu relativismo. É entrar no seu esquema. O mundo tem uma fôrma que está sempre mudando de acordo com suas conveniências. O mundo não tem um padrão absoluto de conduta. Ele está entregue ao relativismo moral e à decadência dos costumes. A lei da vantagem prevalece nos acordos comerciais e nos relacionamentos. As pessoas existem para serem exploradas e não para serem servidas. Os desejos da carne existem para serem atendidos e não controlados. O prazer carnal deve ser consumado sem levar em conta a verdade de Deus ou o amor ao próximo. A ética do mundo é egoísta, é imoral, é atentatória contra Deus e contra o homem. Se quisermos, portanto, experimentar em nossa vida a vontade de Deus não podemos nos conformar com esse sistema corrompido de valores. O crente é uma pessoa inconformada com a filosofia prevalecente no mundo. Ele não ama o mundo nem é amigo do mundo. Ao contrário, ele é luz do mundo; tão oposto a ele como a luz é das trevas; tão necessário a ele, como a luz é para trazer claridade na escuridão.
3. A transformação (Rm 12.2)
Agora, o apóstolo complementa: “… mas, transformai-vos pela renovação da vossa mente…” (Rm 12.2). A ética do mundo está em constante mudança. Aquilo que era vergonhoso ontem é aplaudido hoje. Os princípios de Deus, porém, são imutáveis. Temos um padrão absoluto. Não precisamos ficar confusos e perdidos nos labirintos da dúvida. Jesus Cristo é o nosso modelo. Quando olhamos para ele e estudamos sua Palavra, somos transformados progressivamente em sua própria imagem. Avançamos para o alvo rumo à estatura do varão perfeito. Somos, então, transformados de glória em glória, avançamos de fé em fé e caminhamos de força em força até entrarmos na glória, onde teremos um corpo semelhante ao corpo da glória de Cristo.
A vontade de Deus não é conhecida por meios místicos, mas através de uma vida de consagração, onde nos apresentamos a Deus, nos inconformamos com o mundo e somos transformados pela renovação da nossa mente.
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