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Gratidão, sacrifício que honra a Deus

“Quem me oferece sua gratidão como sacrifício honra-me, e eu mostrarei a salvação de Deus ao que anda nos meus caminhos” Salmo 50.23 (NVI)

Há um bom número de caminhos sinuosos para aprender a conhecer a Deus. Mas também há alguns atalhos. E eu quero sugerir aqui que a gratidão é um desses atalhos. Apenas comece a agradecer a Deus antecipadamente, pois, não importa o que esteja prestes a acontecer, você já sabe que Deus está no comando. Você não está à deriva num mar de caos.

Então, quais as razões pelas quais ser grata em meio ao sofrimento? Bem, Deus ainda é amor. Nada mudou isso. Deus ainda é Deus. Ele é soberano. Ele tem o mundo inteiro em suas mãos. Ele sabia que meu marido teria câncer naquele dia em particular, ou que nós o descobriríamos naquele dia em particular. Antes da fundação do mundo, ele sabia disso. Então, ele não fora pego de surpresa. O amor ainda deseja minha alegria. Ora, sempre posso agradecer a Deus por tudo isso. Esses são os fatos, ao lado de todas essas outras coisas terríveis com as quais mal podemos lidar. Isso prepara o caminho para que eu possa lhe mostrar a salvação de Deus.

Então, quando voltamos ao médico para lidar com o segundo problema, descobrimos que ele tinha um segundo tipo de câncer. Os dois não tinham nenhuma relação entre si. E, enquanto andávamos pelo estacionamento, meu marido começou a citar o poema de Gray, “Elegy Written in a Country Churchyard” [“Elegia escrita num cemitério campestre”]: “Os sinos tocam o dobre do dia da partida”. E eu pude ver que ele já havia assumido uma perspectiva de total desespero. Sua primeira esposa morrera de câncer. Seu pai morrera do mesmo tipo de câncer que ele acabara de descobrir que tinha.

Voltei orando para que Deus me impedisse de chorar, especialmente porque eu iria jantar na casa do meu ir- mão naquela noite e, pensei, não posso me sentar lá e me derreter em lágrimas. Orei para que ele me livrasse de minhas ansiedades e temores. E que ele também me livrasse de fazer dos meus problemas minha profissão, uma lição que eu aprendera apenas uma semana antes com aquela jovem que tinha o pequeno filho com a séria anomalia cardíaca. Ela disse: “Percebi que podia transformar a doença do meu filho numa profissão. Comecei a orar para que Deus me livrasse disso, a fim de que eu pudesse servir aos outros”. Aquela lição havia ancorado fundo no meu coração. Eu mal sabia quão desesperadamente precisaria dela.

Então, lembrei-me de uma pequena canção chinesa — não que eu fale chinês, mas ouvi que essa canção era cantada pelos refugiados chineses na Segunda Guerra Mundial. “Não temerei. Não temerei. Olharei para cima, andarei para a frente e não temerei”.4 Então, Deus me lembrou do Salmo 56.3, no qual ele diz:

“Em me vindo o temor, hei de confiar em ti”.

E o Salmo 34.1, que diz:

“Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios”.

Essa é uma obediência voluntária, consciente e intencional, não é? Eu bendirei ao Senhor, a despeito do que estiver ocorrendo ao meu redor, pois existe aquele outro nível, aquela outra perspectiva, uma visão diferente. As coisas visíveis são transitórias. São as coisas invisíveis que, de fato, são permanentes. O veredito do médico era um fato. Eu tinha de acreditar nele. Mas a Palavra de Deus também era um fato.

Artigo adaptado do livro O Sofrimento Nunca é em Vão, de Elisabeth Elliot.

Elisabeth Elliot
Elisabeth Elliot (1926–2015) foi uma das mulheres cristãs mais influentes do século XX. Nascida na Bélgica, filha de missionários, ela inspirou, com sua fé corajosa, seguidoras de Cristo em todo o mundo através de suas experiências como esposa, mãe e missionária. Seu primeiro marido, Jim Elliot (1927–1956), foi morto, com outros quatro missionários, quando buscava dar testemunho de Cristo entre os Auca, atualmente conhecidos como Huaorani, no leste do Equador. Alguns anos depois dessa tragédia, Elisabeth, com sua filha ainda pequena, passou a viver entre os membros dessa mesma tribo, a fim de compartilhar com eles o precioso evangelho. Em seu retorno para os Estados Unidos, Elisabeth deu início ao seu ministério como palestrante e escritora, publicando mais de vinte livros que foram traduzidos para diversas línguas. Seu ministério continua a influenciar gerações de mulheres ao redor do mundo.

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