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Texto do Pr Hamilton Rocha ( IBCalhau – São Luís- Ma) publicado na PG do dia 17/05/2020

HOSANA

Mateus 21:8-11

Pr. Hamilton Rocha*

 

    Jesus entra em Jerusalém montado em um jumentinho. Mas a multidão canta e celebra sua entrada triunfal com o Salmo 118:25,26.

    Nosso Senhor sabe que caminha em direção ao Calvário, à cruz e à morte. Mas ele não é o único a conhecer seu futuro. O profeta Zacarias, por exemplo, já havia escrito, aproximadamente quinhentos anos antes, que o Messias entraria em Jerusalém montado em um jumentinho: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; o teu rei vem a ti; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta” (Zacarias 9:9).

   Ah! Se os profetas dos nossos dias conhecessem o Senhor não buscariam tantos títulos ou posições de poder. Seriam como os apóstolos do passado que autodenominavam servos (doulos). Vemos isso com clareza nas epístolas de Paulo, Pedro e João.

    Se os animais falassem eu poderia imaginar a cena daquele jumentinho chegando em casa e contando para a jumenta, sua mãe. “Mamãe, mamãe por onde eu passava as pessoas me aclamavam, gritavam, colocavam mantos e palmas pelo chão. Eu sou importante! No dia seguinte, aquele jumentinho, passando pelas mesmas ruas, sem multidão, sem aplausos, sem manifestações de júbilo, volta para casa triste, decepcionado, e se queixa à sua mãe: Mamãe, ninguém fez festa para mim, ninguém se alegrou com a minha presença”. E a jumenta teria respondido ao filhote: “Meu filho querido, sem Jesus você não passa de um jumento”.

    O que faz a diferença em nossa vida, portanto, é Jesus. Pense nisso.

    Ele cumpriu essa e várias outras profecias, mostrando que sua vida e sua morte não foram acontecimentos circunstanciais, resultados de contingências da história, da política e da cultura ao seu redor. Não era por acaso que Roma estava no poder e, por outro acaso, Israel era colônia romana. Não foi por acaso que ele nasceu naquele lugar e naquela época. Não é que sua vida e sua morte poderiam ter sido diferentes. Absolutamente não. As Escrituras Sagradas mostram que a vida de Jesus obedece a um script perfeito, escrito antes da fundação do mundo.

    Jesus chega aclamado pelo povo. Deveria ser uma grande celebração de uma grande vitória, mas é apenas um interlúdio de uma cena de hostilidade, rejeição e morte.

    É assim na vida. Muitos que aclamaram Jesus naquela entrada em Jerusalém gritariam dias depois “crucifica-o”.

    Quando a verdadeira identidade do Messias foi revelada, vieram as hostilidades. O mesmo acontece com os seus discípulos.

    O termo “hosana”significa “salva-nos”, “liberta-nos”. É um grito de socorro, de lamento e, ao mesmo tempo de esperança.

    Não tenha medo de gritar “hosana” para o rei Jesus. Não tenha nenhum constrangimento em expressar seu lamento e sua condição a ele.

    Ao clamar salva-me, Jesus!” você deposita nele a sua esperança e dá a Jesus o lugar que ele deve ocupar em sua vida. Como expressam bem os versos de Mirthes Mathias: “Troca essa horrenda cruz que te ofertaram pelo trono que te ofereço em meu coração”.

    Foi o que fez aquela multidão na entrada de Jerusalém. As pessoas receberam o Messias espalhando ramos pelo chão e cobrindo o caminho de mantos para que o Rei, o Filho de Davi, o legítimo Rei com autoridade para ocupar o trono de Israel, desfilasse triunfalmente a caminho de Sião.

    Que os céus ouçam os gritos dos discípulos de Jesus. Gritos de socorro, de lamento, de esperança, mas de júbilo também: “Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor. Hosana! Vem nos socorrer, Filho de Davi. Hosana! Salva-nos Jesus, Filho do Deus Altíssimo”!

Pastor da Igreja Batista do Calhau em São Luís do Maranhão

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