GIGANTES

I Samuel 17:40-49

Pr. Hamilton Rocha*

    No segundo livro de Samuel encontramos a narrativa dos combates entre os exércitos do rei Davi e alguns gigantes, dentre eles Isbi-Benobe, Safe, Golias (irmão de Golias, a quem Davi derrotou), e outro que não sabemos o seu nome, apenas o registro de que ele possuía 24 dedos, seis em cada mão e seis em cada pé (II Samuel 21:15-22).

    Nós também já enfrentamos ou enfrentaremos gigantes: desemprego, poucos recursos financeiros, enfermidades, violência, pedofilia, ideologias, cansaço, medo, desânimo, violência e tantos outros. Atualmente estamos enfrentando uma terrível pandemia. Como enfrentá-los? Como vencê-los? Quais as armas ou estratégias? Aprendamos com o rei Davi. Antes de sair para o combate Davi passou por um riacho e escolheu cinco pedras lisas (I Samuel 17:40). Por que cinco pedras e não uma? Um homem prevenido vale por dois ou quem sabe Golias tivesse mais quatro irmãos. Quais as pedras que precisamos dispor para enfrentar nossos gigantes?

    Antes de enfrentar o gigante Golias Davi já havia sido ungido por Samuel para ser o futuro rei de Israel. A partir dali o Espírito do Senhor se apoderou dele (I Samuel 16:13). Antes do combate que o tornou famoso Davi já havia enfrentado um leão e um urso (I Samuel 17:34-36). Davi possuía força física, mas agora estava revestido de força espiritual.

    O apóstolo Paulo nos recomenda uma armadura espiritual (Efésios 6:10-18). Não saia para a batalha sem preparo.

    Davi era um jovem corajoso. Basta ler seu histórico de batalhas. Enquanto todos os homens do exército tremiamapavorados com as provocações do inimigo, Davi em momento algum temeu. A Palavra de Deus nos admoesta a respeito dos nossos medos. Não é a toa que a expressão “não temais” aparece inúmeras vezes nas páginas das Sagradas Escrituras. O povo de Deus precisa ser destemido, corajoso. No livro do Apocalipse há uma advertência para os covardes (Apocalipse 21:8).

     O contrário da fé não é o ceticismo, mas o medo. O que fazer com os nossos medos?

    Antes de mais nada, devemos enfrentá-los. O medo é vencido pelo amor, aquele mesmo sentimento que levou nosso Senhor ao Calvário. O medo é vencido pela fé (I João 4:18).

    Davi era corajoso porque ele confiava em Deus. Ele mesmo declarou que fora o Senhor que o livrara das garras do leão e do urso (v.37). E ele iria para o combate em nome do Senhor dos exércitos e não em nome de Saul (v.45).

    Lembremos sempre que a nossa força está no Senhor. Sem confiança nele jamais venceremos nossos gigantes.

    Davi desvencilhou-se rapidamente da panóplia de Saul. Ele sentiu-se desconfortável naquela armadura. Ele não possuía espada, mas funda (v.40). Sem funda a fé afunda. A fé é de origem dinâmica. O milagre que Deus quer realizar terá de acontecer com o homem e não apenas para o homem.

    Havia entre as tropas de Israel 700 homens canhotos, especialmente escolhidos, que podiam atirar com a funda uma pedra num fio de cabelo, sem errar (Juízes 20:16). Soldados de Jesus precisam saber manejar bem suas armas, serem especialistas no que fazem. Devem primar pela excelência na obra do Senhor.

    O rei Nabucodonozor queria os melhores jovens da linhagem de Israel para servirem no palácio real. Imagine o nosso Deus!

    Com uma só pedra, e não as cinco, Davi feriu o gigante. Fê-lo cair por terra. E com a própria espada do filisteu decepou-lhe a cabeça.

    Lembremo-nos sempre. Nossas armas, por mais simples que elas sejam, podem se tornar muito eficientes se as colocarmos a serviço do nosso Deus. O pouco é muito nas mãos de Deus.

    Sejamos eficientes no manejo das armas que o Senhor coloca à nossa disposição e vençamos os nossos gigantes.