Igreja e casas de cristãos são atacadas em Bangladesh
Os cristãos do povo rohingya enfrentam a perseguição de outros refugiados e o descaso das autoridades em Bangladesh
Alguns cristãos de Bangladesh foram atacados por extremistas islâmicos da minoria rohingya. Uma igreja doméstica e 18 casas foram destruídas, algumas pessoas estão hospitalizados e outras foram sequestradas. O incidente aconteceu em 27 de janeiro, quando uma multidão saqueou as residências e agrediu os seguidores de Jesus. Os ofensores estão ligados ao Arakan Rohingya Salvation Army (ARSA), um grupo muçulmano secular, sem ligação com outros como Al-Qaeda ou Estado Islâmico.
Pelo menos seis pessoas foram internadas por consequência das investidas dos radicais, mas há suspeita de mais feridos. Outros três cristãos são mantidos em cativeiro pelo ARSA. Ainda não há informação oficial se eles estão vivos ou enfrentaram algum tipo de tortura. Apesar da polícia sofrer pressão para trabalhar na resolução do sequestro dos cristãos, as autoridades recusaram tomar qualquer atitude séria sobre o ocorrido, porque os cristãos de origem rohingya precisam registrar o caso primeiro. Como eles são refugiados no país, não têm cidadania e podem ser facilmente expulsos do território.
Bangladesh ocupa o 38º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, com o total de 63 pontos. Originários de Mianmar, os cristãos ex-muçulmanos do povo rohingya enfrentam a opressão de outros refugiados e dos insurgentes do ARSA. Seguir a Cristo no país é sinônimo de viver com medo de ataques de extremistas islâmicos e hindus, de ser ameaçado de morte caso seja um líder cristão, estar sujeito a um casamento forçado e enfrentar a discriminação na distribuição de recursos públicos.
FONTE8/ PORTAS ABERTAS
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