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Texto do Pr. Luiz Antônio (Igreja Quadrangular – Aracaju- Sergipe – publicado na PG do dia 12/01/2020

“Você deveria ter corrido mais!” 

 

Conta-se a respeito de um homem que tinha o costume de chegar atrasado a tudo que fazia. Era impressionante! Era como se fosse um vício. Ele não conseguia, de jeito algum, chegar aos compromissos estabelecidos no horário certo, e parecia que os conselhos recebidos não adiantavam muito, pois seus pais falavam, seus líderes falavam e… nada mudava.

Um dia, surgiu uma oportunidade extraordinária de emprego, porém ele precisava pegar o trem para chegar a outra cidade para a entrevista. Era o emprego dos seus sonhos. Mas não se esqueçam: ele era o “senhor atraso”. Saiu tarde de casa, demorou em conseguir um táxi até a estação, enfrentou engarrafamento, até que resolveu descer do táxi e sair correndo por entre os carros parados. Correu, correu a ponto de não aguentar mais. Parecia um velocista dos 100 metros rasos, mas… não adiantou. Quando chegou à estação, o trem tinha acabado de partir. Um homem que estava próximo e vendo sua correria, comentou: “Você deveria ter corrido mais”. E ele respondeu: “Não! Correr, eu corri. Inclusive mais do que eu poderia suportar; porém, comecei tarde demais”. 

Na verdade, não adianta você ser o homem mais rápido do mundo, se não começar a correr na hora certa. Você já viu como corredores no atletismo se preocupam em largar bem, senão os outros competidores, mesmo não sendo tão rápidos, mas por largarem melhor, podem chegar à frente. Será que esse também não é um risco que corremos? Ou seja, o risco da procrastinação? Ficamos deixando tanta coisa para depois, achando que sempre vai dar tempo (e até que muitas vezes dá certo). A gente deixa pra depois e, ainda no último instante, conseguimos encontrar nem que seja uma fresta aberta e passamos. O problema é que isso nos acostuma mal e achamos que será sempre assim. Mas, em um belo dia, perdemos o trem que leva consigo toda a oportunidade que esperávamos ter na vida, e só nos resta sentar na estação e chorar vendo outros partirem, enquanto ficamos ali amargando o dissabor do nosso atraso. 

É comum encontrarmos pessoas que estão com a idéia equivocada de que serão jovens para sempre e, por conta desse pensamento, achar que a vida vai esperá-las até que estejam “a fim” de fazer determinadas coisas. Por isso, vemos pessoas que estão deixando os estudos pra depois, os consertos na vida pra depois, os pedidos de perdão pra depois, as declarações de gratidão pra depois e, o que é pior, deixando Deus e as coisas de Deus pra depois. Quero lembrá-los das palavras escritas na Bíblia Sagrada, na carta de Tiago, capítulo 4, versículo 14: “Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa”. 

Então, pare pra pensar. Será que você não deveria começar logo a fazer o que tem que fazer? Antes que você seja obrigado a correr, correr e, mesmo assim, estar sujeito a não chegar a tempo para a vida. Lembre-se: não estaremos por perto dos outros o tempo todo, e nem os outros estarão por perto de nós o tempo todo. Enquanto há tempo, faça aos outros, o que deve ser feito; diga o que deve ser dito. Quanto às oportunidades que a vida profissional, sentimental ou intelectual lhe oferece, abrace-as logo, antes que abrace o vazio. E agora, gente, o mais importante! Assim disse o profeta Isaias: “Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto”. 

Um forte abraço e até a próxima de se Deus disser que sim. 

 

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