Texto do Pr Judiclay Santos – Igreja Batista do Jardim Botânico – Publicado na PG do dia 12/01/2020
Por Judiclay S Santos
AMARGURA: UMA DOENÇA DA ALMA!
A amargura é uma doença na alma. O amargurado é o tipo de pessoa cujo coração não bombeia sangue, mas veneno. Tudo que ela faz ou fala é contaminado pelo vírus da infelicidade e do descontentamento. Suas memórias são amargas e desagradáveis. Suas emoções falidas e sem vida. Seus olhos… uma vitrine da tristeza em seu mais elevado grau. Sua língua é uma máquina de matar. Ninguém presta. Tudo é ruim. Nada é bom.
A presença de uma pessoa amargura contamina o ambiente e o torna tão sombrio que até os pássaros deixam de cantar. As plantam murcham e sonegam o seu perfume. Assombradas, as crianças se afastam de tais pessoas como se fossem monstros vestidos de gente. A amargura é a morte lenta de uma pessoa que não vive, mas apenas sobrevive em um estado de deplorável miséria existencial.
O que me impressiona é que existem muitas pessoas assim. Gente de mal com a vida. Pessoas que há muito tempo não tem o prazer de sorrir e se alegrar. Gente que perdeu a capacidade de admirar, de elogiar, de se encantar, de amar… O por do sol, o brilho das estrelas, o sorriso de um bebê… nada mais o encanta. Tudo o irrita, até mesmo o canto dos pássaros e o brilho da lua. Na angústia do seu travesseiro, toda noite é um pesadelo, uma tristeza mórbida.
Tenho encontrado pessoas amarguradas nos mais variados lugares, nas mais distintas classes sociais e econômicas. Vejo essa amargura no semblante de médicos, que embora sejam capazes de tratar a doença de outros, vivem emocionalmente enfermos e espiritualmente falidos. No supermercado, vejo moças cujo olhar comunica a morte do ser e falência dos sonhos.
Gente cujo corpo está ali, mas a alma já está em estado de putrefação. São pessoas azedas, de linguagem cáustica e vida infeliz. Algumas são assim por conta de experiências traumáticas, cujas marcas são tão profundas que fazem a alma sangrar. Mulheres mal amadas, meninas violentadas, filhos rejeitados, rapazes desprezados, homens fracassados, esposas traídas, maridos abandonados. Por todo lado vemos miséria, desolação, decepção, frustração, abandono e pecado.
Quando o coração é ferido, mutilado em mil pedaços, a tendência humana, é juntar a sobra, escondê-lo e torná-lo inacessível. Cria-se uma blindagem emocional tornando o coração refratário ao amor. Quando isso acontece a morte é apenas uma formalidade, pois a vida já não existe.
Se você está vivendo no submundo da amargura, escravizado pelo rancor, dominado pela tristeza, subjugado pelo desespero e refém da desesperança, quero lhe encorajar a falar com Deus: “Senhor, cura a minha alma; faz de mim uma nova pessoa”. Medite na Palavra de Deus, que diz: “Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”. Salmo 16.11
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