“A virgem ficará grávida, dará à luz um filho e o chamará Emanuel.” (Isaías 7.14b)

O Salvador vindo de Belém deveria nascer de uma moça que ainda era virgem. Essa é a explicação da passagem de Gênesis 3.15, onde ele é apresentado como a “semente da mulher”. O Salvador será Deus e homem; é o que significa Emanuel: Deus conosco! Além disso, já constatamos em outro texto desta série que o Messias será um Rei e que deve ter aparecido antes da destruição de Jerusalém e do seu templo, no ano de 70 d.C.

Paralelamente ao recém citado profeta Isaías, surgiu também o profeta Miqueias, o qual disse: “Mas tu, Belém-Efrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos” (Miqueias 5.2).

Esse versículo é um complemento para Isaías 7.14 e revela o local de nascimento do Rei e Salvador que é denominado Messias. Ele deveria nascer em Belém, na cidade de Davi. Assim, o Messias seria humano (pois deveria nascer) bem como divino (pois existe desde a eternidade). O profeta Miqueias menciona que Belém-Efrata é “pequena” entre “os clãs de Judá”, e Isaías esclarece que o Messias surgiria como um renovo do “tronco de Jessé” (Isaías 11.1-2). Por que ele fala em tronco?

O Salvador vindo de Belém deveria nascer de uma moça que ainda era virgem.

Os dois profetas falam da origem humilde do Messias; Isaías usa a figura de uma árvore que foi cortada e da qual restou apenas um tronco morto. Um ramo solitário resistiu e cresceu no fundo, rente ao chão até finalmente produzir frutos.

É interessante observar que a profecia não está vinculada ao nome de Davi, mas ao de seu pai, Jessé. Davi normalmente nos lembra de realeza, família real e riqueza. Isaías, no entanto, mostra aqui que o Messias, mesmo sendo descendente de Davi, aparecerá quando a casa de Davi novamente estiver reduzida à mesma posição humilde como era nos dias de Jessé. E Jesus Cristo, o filho de Davi, realmente nasceu em Belém quando a casa de Davi ainda existia, mas não mais exercia qualquer domínio sobre Israel.