Texto do Pr. Márcio Valadão publicado na PG do dia 22/12/2019
Tenha amor ao próximo
A Bíblia não é qualquer coisa, ela é a Palavra de Deus. E ela diz que Deus é amor, em Jesus, há amor, há misericórdia, vida! Quando eu leio os evangelhos sinto o desejo de ter vivido naquela época, caminhar com Jesus. Porém, preciso também entender que aquela época não acabou, Jesus é o mesmo hoje, a mesma graça, a mesma misericórdia, o mesmo poder, a mesma palavra, mesma compaixão, mesmo coração. Jesus não mudou! O amor de Deus por nós é incondicional. Deus é amor.
Está escrito em Marcos capítulo 1, versos 40 a 42: “Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, pode purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo”.
O homem leproso aproximou-se de Jesus, a Bíblia não menciona o nome dele, a idade, cor de pele, o grau de instrução, se era rico ou pobre, para os homens essas coisas são importantes, mas para Deus, irrelevantes. Esse homem aproximou-se do Senhor. Normalmente, o leproso não chegava perto de ninguém, isso por que, quando a moléstia se manifestava, a pessoa se fechava, ficava enclausurada, pois era algo vergonhoso.
Ele não se aproximava, porque, sempre que tentava era rejeitado, não apenas por sua aparência marcada pelas consequências da doença, mas por que havia um estigma. Era como se houvesse uma placa em seu corpo dizendo: “Afaste-se, eu sou leproso”. Até os nossos dias, mais de 2000 anos depois, os leprosos continuam estigmatizados. Quem sabe aquele homem tentou se aproximar dos religiosos da época, dos sacerdotes, mas foi rejeitado, bateu em portas e ninguém as abriu para ele.
A pessoa que tem lepra se torna insensível à dor. Assim sendo, pode se ferir e não sentir a dor do machucado. O leproso não sente dor, mas posso dizer que a dor é uma bênção. Alguns acham que não, mas imagine se não a sentíssemos. Quando somos crianças sempre nos machucamos por algum motivo, seja com água fervendo, caímos e ralamos os joelhos, coisas assim. A dor nos leva a recuar, a fazer algo para evitá-la. A dor provoca algo, nos leva a tomar uma decisão. Mas se não sentíssemos dor, quando colocássemos os dedos na água fervendo, por exemplo, continuaríamos com eles ali e poderíamos até mesmo perder os dedos. A falta de sensibilidade é algo perigoso.
Quando a pessoa não sente mais seu casamento, não consegue identificar que as coisas não andam muito bem, e abandona, deixa de lado. Outras vezes diz: “Não vou fazer mais nada, não há mais solução.” As consequências da insensibilidade são terríveis. Não sei qual é o grau de dor que você sente, mas uma pessoa saudável sente dor, sente compaixão. Precisamos ser como Jesus. Diz o texto de Marcos 1.41, que “Jesus profundamente compadecido”, fez três coisas: Estendeu a mão, tocou e disse. Normalmente, as pessoas fazem o inverso. Primeiro, elas querem falar, depois tocar e por fim estendem as mãos.
Quando estendemos as mãos nos identificamos, somos humanos, somos iguais. Praticamos o amor ao próximo, assim como Jesus fez. Quem sabe as pessoas do seu local de trabalho, no seu bairro não têm as mãos como as do leproso, são pessoas que se vestem bem, possuem uma casa, um carro; possuem aparentemente tudo aquilo que está dentro dos padrões de uma pessoa bem-sucedida, mas por dentro, elas precisam desse “estender de mãos”. Estenda suas mãos para alguém. Pode ser que você já tenha repetido esse gesto várias vezes, e também alguém já o fez para você.
Esta é a hora de praticar o amor de Deus, estenda a sua mão ao próximo!
Deus te abençoe!
Pr. Márcio Valadão
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